Assim que confirmei que
meu filho era alérgico ao leite artificial, fui ao pediatra e ele pediu que eu
procurasse um Gastro para confirmar os tipos de alergia, já sabia que era do leite,
mas era necessário um diagnóstico clínico.
Levei em uma Gastro que fez
vários questionamentos, expliquei que até os 5 meses ele só havia tomado leite
materno, e após esse período, quando já estava próximo de coloca-lo na escolinha,
o pediatra havia começado a introdução da mamadeira.
No primeiro dia da introdução
preparei 90 ml de leite artificial, rapidamente ele havia tomado toda a mamadeira. Foi neste
momento que ele teve uma reação praticamente automática de vermelhidão no corpo
inteiro. Relatei também que anteriormente, ele já havia apresentado esta
vermelhidão, porém bem mais leve, da outra vez o que ocorreu foi que na noite
anterior eu havia consumido leite mais que habitual, e como eu dava de mama, o
que eu ingeria era repassado no leite materno para o bebê.
Com este relato, e um
breve exame. Ela me confirmou que ele era alérgico ao leite, e que desta forma
ele não poderia mais tomar leite de origem animal, assim como eu deveria fazer
a dieta da restrição do leite e derivados, já que ele mamava no peito.
A princípio entrei em
pânico, nem fazia ideia do que era esta dieta que não poderia ter na composição
nada de leite e derivados.
A médica me informou o
site que eu deveria buscar a dieta. E com isso me receitou leite artificial,
porém com a
proteína do leite hidrolisada, chegou a me fornecer formulário para eu adquirir
a lata do leite no posto de saúde.
Posso afirmar que sai do
consultório um pouco atordoada, afinal eram tantas informações.
Além do mais eu não fazia
nem ideia do que era este tipo de alergia. Posso dizer que na época pesquisei
bastante a respeito.
Existem muitas pessoas
ainda que confundem intolerância à lactose com alergia à proteína do leite.
Vejam a diferença:
A Intolerância à lactose ocorre porque o organismo não produz ou produz
pouca quantidade da enzima lactase, responsável pela digestão da lactose. A
falta dessa enzima favorece o acúmulo da lactose no intestino, onde atrai água
e ocorre fermentação por bactérias, provocando os seguintes sintomas: diarreia,
gases, cólicas, distensão abdominal.
A Alergia à proteína do leite, ou alergia ao leite de vaca ocorre pela
presença de algumas proteínas do leite que são identificadas pelo nosso sistema
imunológico como um agente agressor, desencadeando vários sintomas desagradáveis,
como: diarreia, gases, cólicas, distensão abdominal, lesões na pele,
dificuldade de respirar, pequeno sangramento intestinal, entre outros. Ocorre
mais agressivamente nos primeiros anos de vida, principalmente na transição do
leite materno para o leite de vaca em bebês menores de 6 meses de vida. Os
sintomas tendem a diminuir com o passar dos anos.
No caso do meu filho o sintoma que ele apresentava era basicamente de
pele, sua pele engrossava, havia vermelhidão e coceira. Talvez fosse menos agressiva
que a que afeta a respiração, causando “falta de ar”.
Mas para uma mãe já era uma preocupação e tanto.
Mediante este diagnóstico levei ele para fazer exame de sangue de forma
a identificar quais os alimentos que realmente era alérgico, e foram os
seguintes:
Ø
Leite de Vaca– alto
Ø
Alfa Lactalbumina - alto
Ø
Beta Lactoglobulina – alto
Ø
Caseína – alto
Ø
Amendoim – alto
Ø
Clara de Ovo – baixo
Obs.: esses Alfa, Beta e Caseína são todos derivados do leite.
A partir deste momento, iniciei a dieta da restrição do leite, e continuei
a dar de mama a ele, pois seria o único leite que ele poderia tomar, já que é
um alimento tão importante na fase infantil. E o leite indicado pela doutora
não havia tido boa aceitação por parte dele.
E uma vez identificada a alergia, é importante que seja feita a
suspensão do consumo deste alimento de forma a não piorar o quadro do alérgico.
Sabia que se seguisse à risca
todas essas recomendações, meu filho poderia um dia consumir esses alimentos, uma vez
que a alergia teria passado.
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