domingo, 27 de agosto de 2017

E QUANDO SEU FILHO APRONTA NA ESCOLA

Outro dia ao buscar meu filho na escola, chamaram a minha atenção dizendo que ele não estava comendo e estava fazendo bagunça na sala de atividades.

Então assim que chegamos em casa, chamei a atenção dele e avisei que não era para ele ficar bagunçando na hora das atividades. E expliquei que se ele quisesse ficar forte teria que comer, mas que não era para comer somente arroz, que ele deveria comer arroz, feijão, carne, legumes, verdura. Enfim tudo o que é para manter uma criança saudável em fase de crescimento.

Pois bem, fazia tempo que não recebia reclamações a seu respeito, agora foi a vez de outra.

Estavam tendo atividade em sala, e ele conseguiu fazer a atividade primeiro que o amiguinho dele, imagina o que ele fez, disse que tirou as calças e ficou mostrando o pipi para o amiguinho. Que menino levado. Disse que a professora conversou bastante com ele.

Como estou levando ele na fonoaudióloga, e ela que tem experiência como educadora, me orientou a não comentar nada com ele. Disse que ele está querendo “Ibope” para continuar a ter este tipo de comportamento. Que o melhor a fazer é não dar importância.

Resolvi nem tocar no assunto, pois se fosse em outra ocasião, eu já teria falado com ele que não pode.

Mas ao chegarmos em casa, ele mesmo comentou o que ele tinha feito, então falei para ele: “E você acha certo fazer isso? ” O mais surpreendente é que ele disse que NÃO. Ou seja, ele mesmo sabe que não é certo fazer isso, fez então para chamar a atenção.

Como me disse a educadora, “ seu filho fica o dia inteiro na escola, quando chega à noite ele quer atenção total dos pais” E mesmo na escola vai tentar chamar a atenção. Uma dica que achei muito valiosa foi de me instruir a quando um dos pais fala, o outro fica quieto. Isto funciona de uma forma a criança saber quem manda, para ela não se dispersar, por isso a importância de apenas um dar a voz de comando. E também para a criança ter a noção que quem manda em casa são os pais, que ela não pode fazer tudo o que quer. Os pais são os donos da casa.

A educadora falou na minha presença: “ Hoje o dono da sua casa é seu filho, ou estou mentindo? ” Tive que concordar, pois como ela mesmo me disse, ele sabe até onde pode ir, e por isso testa o limite dos pais.

Bom resumindo, a criança nada mais quer que a atenção dos pais, e às vezes por ficar na escola o dia inteiro, ela cobra ainda mais a presença dos pais no período da noite em casa ou nos finais de semana.

E como os pais, no caso dos dois trabalharem o dia inteiro, fica bem cansativo dar atenção 100% aos filhos. Às vezes temos vontade de descansar, apenas assistir TV, deitar no sofá, enfim relaxar depois de um dia estressante. E a atenção da criança como fica? Então ela vai procurar chamar a atenção de alguma forma ... não importa como, se falando mais alto, ou gritando ...

Costumo chegar primeiro em casa, e depois meu marido chega, e é comum quando o pai chega e vamos conversar, meu filho começa a cantar alto, ou a gritar ... imitando sons de animais, tudo como se quisesse dizer: “ Hello, estou aqui, fiquei o dia inteiro na escola, e agora quero a atenção de vocês”. Eu fico tão brava quando ele faz isso, pois às vezes quero conversar com meu marido e mal consigo ...


Mas enfim, ter filho não é apenas cumprir com o dever dos bens materiais (despesas com educação, vestimenta, esportes etc.), eles pedem por carinho e atenção. E isto faz parte do papel crucial dos pais.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

DIA DOS PAIS

Todo ano na escolinha que meu filho frequenta eles pedem uma foto do meu filho com o pai, este ano novamente pediram e eu enviei.

Eles costumam fazer algum trabalho manual, o ano passado por exemplo, fizeram uma caixa com as fotos que enviei mais pintura artesanal, ficou linda!

Este ano vão fazer Café da Manhã com o papai, é bom para a criança ter este contato com o pai dentro da escola, afinal os pais fazem parte da educação dos filhos, por isso a importância na inserção dos pais dentro do ambiente estudantil.

Quando se comemora o Dia das Mães também é feita alguma celebração, geralmente os pequenos fazem uma apresentação, cantam uma música para as mamães, é bem dinâmico e animado.

Meu filho é muito ligado na figura paterna, assim como na materna. Algumas mães reclamam que o filho fica mais grudado nelas do que no pai, mas no meu caso não posso reclamar. A mesma atenção que ele pede a mim, ele pede ao pai.

Então a atenção é a mesma, para nós mães é um alívio dividir a atenção do pequeno, afinal as crianças costumam ter uma energia infinita, senão pudermos compartilhar, ficamos exaustos.
Um filho acaba que sendo uma grande companhia, aonde eu vou levo o meu pequeno, assim como meu marido que vai ao empório, farmácia, costureira, lavanderia e leva o pequeno. Pois às vezes tenho outras tarefas a fazer em casa.

E com o passar dos anos, como meu marido adora um futebol, acredito que o filho vai começar a acompanha-lo em estádios, apesar que “morro de medo de estádios”. Tenho receio da violência, briga de torcidas. Na verdade, não deveria ser assim, deveria ser um ambiente saudável e familiar.

Ter um filho, cuidar dele dá muito trabalho, e mais uma série de preocupações. Mas no fundo sabemos que é uma benção, um presente de Deus. Pode ter certeza que ele alegra todos os nossos dias, tem atitudes engraçadas, que por vezes nos surpreendemos com tão pouca idade e aquela malícia ingênua que é uma delícia de se ver e ouvir. Nos faz rir do nada, meu filho por exemplo, adora fazer uma palhaçada. Falo constantemente para ele “Como você é palhaço”, mas isso num tom de brincadeira e até de admiração.

Nós pais admiramos demais nossos filhos.

O engraçado é que quando descobri que eu estava grávida, e à medida que a barriga crescia com o passar dos meses, meu marido nem sequer uma vez passou a mão na minha barriga, nem quando falava que o bebê estava me chutando.

E ainda no dia do Parto, ele ainda estava meio arisco, tanto que aconteceu um fato engraçado, meu obstetra pediu o número de celular dele, ligou e falou para ele colocar a roupa cirúrgica e vir para a sala para assistir o parto, que todos estavam aguardando-o. E foi o que ele fez, meio desconcertado.

O médico só iniciou a cirurgia assim que ele entrou na sala, e foi uma sensação muito boa, ver nosso filho nascer, juntos. E eu ainda assisti todo o parto, da luz do equipamento, desde o corte até a saída do baby.

E neste momento o anestesista tirou uma foto de nós três, eu, meu marido e meu filho. Tanto que considero esta foto uma das que mais gosto. Ficou perfeita!

A partir de então, percebi que meu marido havia realmente se tornado pai, a “ficha havia caído”.
Ele é uma pessoa extremamente preocupada, e vejo que a preocupação que antes ele tinha só comigo, agora é dividida com meu filho.

E vejo nos olhos dele o orgulho, e admiração igual o que sinto por nosso pequeno.
Realmente amor de mãe e pai é INCONDICIONAL!




terça-feira, 8 de agosto de 2017

NAMORO NA ESCOLA

Um certo dia estava na cozinha e meu filho chegou bem no canto da porta e me disse: “mamãe eu beijei a Isabel” e eu comentei hummm o que menino, aonde você beijou a Isabel ?, e ele falou meio que envergonhadamente: “na bochecha”. Eu completei, “a Isabel é legal né filho” ... e ele concluiu, “sim, eu gosto dela”.

Já em outro dia ao levar meu filho na fonoaudióloga, no caminho ele começou a balbucia umas palavras, e eu e meu marido achamos um tanto quanto estranho ... ele dizia “mulher” e depois “beijar”, até que ele completou a frase e disse “gosto de beijar mulher” ... foi neste momento que eu virei para o meu marido, nos olhamos ... falamos “o que é isso menino, que conversa é essa”, não sabíamos se repreendíamos, ficamos meio que sem reação alguma e começamos a rir ... e ele riu junto conosco e depois ao final disse: “é brincadeira” ...

Pensamos como pode um menino de apenas 4 anos falar essas coisas, com quem está aprendendo, já que em casa ele só assisti desenhos da idade dele, e evitamos ao máximo falar “besteiras” na frente dele. Só poderia ser na escolinha que ele frequenta, já que passa a maior parte do tempo lá.

Outro dia ele soltou outra, disse: “mamãe o Pedro disse que é namorado da Isabel”, então este é um amiguinho dele da escola, e o menino tem apenas 4 anos de idade, como pode falar que já namora. Tudo bem que atualmente tudo esteja muito precoce, mas não vamos exagerar ... são crianças muito pequenas.

Hoje ao leva-lo a escola, resolvi falar com a Professora Coordenadora, contei detalhes da situação que vivenciei, ela me falou que é bom falar, pois serve como alerta aos professores, para poderem acompanhar melhor a atitude dos pequenos, e tentar ao máximo orientá-los quanto a este tipo de comportamento deles.

Pode parecer uma ingenuidade, mas nem sempre vejo desta forma, já que a professora me disse que quando eles ouvem “besteiras” começam a pronunciar, bem mais do que quando estão tendo atividades em sala. Parece que percebem o “faro” de “coisas erradas” e pior acham muita graça. Começam meio que a repetir sem parar ...

Por isso que às vezes do nada, ele começa a falar coisas, e em casa pensamos ... “Aonde ele aprendeu isso” acaba que sendo da escolinha mesmo, um amiguinho que começa a falar, outro que escuta, e outro que fala outra coisa.

Outro dia a mãe de um amiguinho dele da escola disse que o filho dela havia sido beijado por uma menina maior que ele no banheiro da escola, e o menino tem apenas 4 anos, novamente me assustei com o fato. E conversando com a professora coordenadora, ela me confirmou e disse que a menina é bem danadinha.

A professora tentou me acalmar sobre esses acontecimentos, e falou o que eu também penso, cada coisa no seu espaço de tempo, tudo tem seu tempo, não devemos adiantar nada. E que a infância é uma ótima fase da vida, que deve ser bem aproveitada!!

Assim como a minha infância, eu aproveitei cada minuto, adorava ir para escola, aprender, estudar, nem passava pela minha cabeça namorar, pensava exclusivamente em estudar, o máximo que ocorria eram paqueras, mas isso acontece com os estudantes, mesmo aqueles com pouca idade.


Por isso, vamos mães incentivar nossos pequenos a brincarem, se divertirem e aproveitarem ao máximo uma das melhores fases da vida: A INFÂNCIA.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

PRATICANDO ESPORTE COM SEU FILHO

Este final de semana fui em uma loja comprar um par de patins, pois depois de muito tempo resolvi aprende a andar de patins, e na loja esportiva tinha vários artigos de modalidade esportiva, de tudo quanto é tipo, tinha para mergulho, natação, trilha, hipismo, ciclismo etc.

Vários dos clientes que estavam lá, acabavam pegando algum artigo e provando, brincando, haviam várias crianças andando de patinete, patins, bicicleta, provando equipamentos esportivos, eu inclusive provei um equipamento de proteção – tornozeleira, joelheira, luvas, que por sinal acabaram me agradando e acabei até comprando.

Neste meio tempo, meu filho que nem é agitado, não parava, então resolvi brincar um pouco com ele de bola, começamos a jogar futebol, isto porque eu estava de salto, mas nem por isso deixei de dar uns olés e dribles, me fez relembrar minha época de Colégio, ah que delícia!! Também dei uma “palhinha” no basquete, mas este como a bola é muito pesada joguei um pouco sozinha, afinal meu filho ainda é muito pequeno, tem apenas quatro anos.

Na época do meu Colégio adorava jogar futebol, handebol e basquete, basquete cheguei a sacar meu dedo duas vezes, era muito divertido, jogar com os amigos da escola, não havia nada melhor.

Espero que meu filho cresça gostando de esportes, pois eu e o pai dele sempre gostamos, tanto que praticamos atividades físicas até hoje.

E nada mais saudável para uma criança, crescer cheia de energia e direcionada a alguma atividade esportiva, o esporte disciplina. Isso é muito bom!

Por isso que acho importante que na escolha do Colégio, tenha essa parte de recreação, pois se a criança vai passar o dia inteiro na escola, ela não vai ficar estudando o dia inteiro, ela vai precisar se exercitar, relaxar, e o esporte cumpre bem este papel. Além de exercer um papel importe de disciplinar a criança.

Quero que meu filho tenha esse acesso ao esporte, que se descubra, descubra qual modalidade ele gosta de praticar.

Não digo que ele será um atleta, mas porque não se descobrir no esporte, e praticar que seja como hobby futuramente, não precisa ser profissional, apesar de que o pai adora várias modalidades e acompanha fielmente várias competições na TV, mas também porque quando criança ele chegou a praticar futebol de salão por muito tempo.

Acredito que além de estudar, a criança tem que ter acesso a esporte, línguas, música, teatro, afinal o ensino não se resume a apenas livros. Cada um tem um tipo de inteligência, pode ser a tradicional – a mental, mas pode ter outros talentos, como inteligência esportiva ou inteligência musical, ou para artes. Enfim o leque é grande, o importante é se descobrir e poder ter a opção de escolha profissional futuramente.

Mas se não se tem acesso a artes, cultura, esporte ... ficar focado apenas na educação da sala de aula, a tradicional, como se conhecer profissionalmente e poder direcionar a carreira para o lado certo.

Se descobrir e conhecer de tudo um pouco, faz parte do aprendizado, o ideal seria podermos ter esta opção, testar aptidões antes mesmo de escolher um curso e ingressar em uma faculdade cheio de incertezas, dúvidas.


Espero que esta nova geração, como a do meu filho, possa ter esta chance!!!

quinta-feira, 27 de julho de 2017

E QUANDO A CRIANÇA FICA DOENTE, A QUEM DEVEMOS RECORRER?

Parece que não podemos dizer que está tudo bem, que logo aparece um imprevisto.

Nos últimos dias havia dito a uma colega do trabalho que meu filho também havia passado por uma fase doentinho, mas que esta fase passaria. E que atualmente ele tinha a saúde muito boa. Pois ela havia comentado comigo que seu filho estava andando muito doente e que não aguentava mais ter que ir todos os dias no Pronto-Socorro, devido a cada instante a criança apresentar um quadro diferente, como bronquiolite, pneumonia, tosse, febre, estomatite, asma ... enfim parece que o filho dela tem realmente um quadro respiratório muito complicado.

Pois bem, passado o dia que falei sobre meu filho que estava muito bem e que já tinha tomado muito antibiótico no passado e que até internado com pneumonia tinha sido, passaram-se alguns dias para eu levar um susto.

Em um final de semana, ao irmos ao parque leva-lo para brincar, na parte da tarde quando já estávamos em casa, ele começou a apresentar diarreia e a todo instante ir ao banheiro. Tentamos ver como ele reagiria para podermos leva-lo ao médico. Mas naquele dia, ele acabou dormindo e no dia seguinte o quadro piorou, pois além da diarreia não ter passado, ele havia acordado com os dois olhos inchados e com muita secreção, que mal conseguia abri-los. Limpei-os cuidadosamente e pedi ao meu marido que o levasse ao hospital para uma melhor avaliação, mas eu já sabia que se tratava de virose e de um típico quadro de conjuntivite.

E como não podia faltar no meu trabalho pelo menos na parte da manhã, ainda mais em plena segunda-feira, fui ao trabalho e ele levou nosso filho ao médico.

A médica apenas ratificou minha avaliação, realmente era virose e conjuntivite nos dois olhos.

Então começamos a pensar, com quem o deixaríamos, com uma ex-babá, mas seria meio complicado devido não conseguirmos mais conciliar os horários disponível dela e o nosso, e pensei em deixa-lo com meus pais, já que ele teria que ficar a semana inteira sem frequentar a escolinha.
Resolvi sair mais cedo do trabalho, aproveitar que o tempo ainda estava claro e leva-lo na casa dos avós. Bom já havia ligado para eles avisando o quadro do neto.

Além do mais, avós são sempre avós, adoram ficar com o netinho, acaba que fazendo companhia para eles. Mesmo que isso custe um pouco de trabalho.

Levei-o na casa dos meus pais, passei as instruções da medicação, e os cuidados necessários para que ele sarasse o mais rápido possível. Deixei a roupa, a medicação, os sucos, ah e o que não poderia faltar ... os brinquedos. Ao sair de casa já havia falado para meu filho escolher os brinquedos que quisesse para levar na casa da vovó, e claro, ele escolheu vários ... além do Tablet.

Conversei um pouco com meus pais e tive que tomar a decisão de deixa-lo lá e retornar para casa, afinal no dia seguinte teria que trabalhar normalmente.

A saída sempre é complicada e como ele ainda não tem muita noção de tempo e é bem apegado aos pais, pois dificilmente fica com outra pessoa a não ser conosco. Peguei minha bolsa e por cima coloquei o casaco. E pensei “Não vou falar para ele que estou indo, que ele iria ficar na casa dos avós enquanto estivesse doentinho e que depois quando melhorasse eu voltaria para busca-lo” Se eu fizesse isso, ele não entenderia e a primeira reação seria abrir o berreiro o que tornaria tudo mais difícil. Então só peguei a bolsa meio que embrulhada ao casaco e fui embora meio que sem me despedir. Ele apenas me olhou meio de canto e voltou à atenção para o tablet.

No fundo, no fundo, ele sabia que eu estava indo embora e demoraria um tempo para voltar.

Como algumas pessoas dizem que não gostam de se despedirem, enfim, às vezes, a despedida pode ser mais dolorosa do que uma saída à francesa. E foi o que preferi fazer, não queria despertar um sentimento de abandono nele.

É como às vezes dizem, tem coisas que é melhor deixar passar despercebido do que dar atenção em demasia. E acredito que na vida isso vale para muitas situações.

Finalizando, a casa dos avós pode ser uma boa acolhida quando a criança fica doente. Nada melhor que o carinho do vovô e da vovó.


quinta-feira, 13 de julho de 2017

FONOAUDIÓLOGA INFANTIL


Havia comentado que amigos íntimos já tinham feito uma observação da fala do meu filho. A madrinha havia comentado que achava que pela idade dele, ele já devia estar falando com mais clareza, outra foi uma amiga minha, ela é formada em pedagogia e me aconselhou que eu levasse meu filho a fonoaudióloga, para tirar dúvidas, com o intuito de melhorar a fala dele. 

No início senti uma certa resistência, mas também um pouco de preocupação. Então resolvi procurar no Convênio médico, mas pelo convênio dificilmente tinham vagas, os que liguei não havia muito interesse em atender, informavam que não haviam vagas, estavam com a grade cheia ou me perguntavam qual o problema da criança. Mas no meu caso eu não sabia responder qual o problema, eu que queria que me respondessem esta pergunta.  

Foi quando me lembrei de uma conhecida que é fonoaudióloga, e agendei com ela um horário. Ela fez uma avaliação, conversou um pouco com ele e me disse que seria bom que ele fizesse algumas sessões. 

No dia marcado levei meu filho, e tive a curiosidade de saber como funciona uma sessão de fono infantil, achei bem interessante a técnica, já que eu me perguntava como atrair a atenção de uma criança por uma hora ininterrupta, fazendo com que ela fale várias palavras, por vezes repetidamente. 

Na sessão a fono inicialmente conversou com meu filho, mostrou a sala, e disse que se ele se comportasse ganharia prêmios, então ele sentou em um pequeno banco de madeira e ela começou a perguntar várias palavras, com diferentes tipos de som. E a cada palavra, ela anotava o grau de dificuldade em uma folha. Em contrapartida à medida que ele dizia as palavras ele ganhava um confete por palavra, como se fosse um prêmio por responder cada palavra.  

E realmente na sala havia muitas guloseimas, como confete, bala, biscoito de polvilho, pirulito, até Danoninho tinha, sem contar os pequenos bonequinhos coloridos para entreter as crianças.  
Vendo toda aquela dinâmica, meu filho gostou bastante, o último prêmio por ter se comportado foram alguns desses bonequinhos coloridos e para finalizar um Danoninho de morango. 

Na avaliação da fono, ela enfatizou a troca de letras no início de algumas palavras, tais como f, v, t etc.  ... bem ela me explicou a importância de arrumar o som dessas letras, o que o ajudaria muito na questão comportamental, já que passaria a se comunicar com mais facilidade, de modo que as pessoas possam entender mais claramente o que ele quer dizer, afinal hoje a fala ainda sai enrolada e ele já  tem quatro anos completos

E como parte do processo da sessão, teria que levar um caderno, aonde em cada sessão, ela anotaria o exercício a ser feito em casa. Colocaria figuras, continuaria dando as guloseimas de forma a deixar a criança motivada, e não simplesmente cobrar, exigir que ele falasse corretamente. 

Esta técnica do ganha-ganha me surpreendeu, já que desta forma ela consegue deixar a criança entretida durante praticamente uma hora de sessão. 

E particularmente, eu e meu marido resolvemos seguir com as sessões de fono, afinal a comunicação é a base de tudo, uma pessoa que se comunica bem consegue por vezes ser mais bem-sucedida da que tem dificuldades, e quanto mais cedo melhor, já que pode sanar esta dificuldade e tornar a comunicação mais simples para a vida adulta.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

A GESTAÇÃO INTERFERE NO COMPORTAMENTO DA CRIANÇA

Especialistas dizem que o humor da criança, temperamento pode ser reflexo da gestação.

Posso dizer que tive uma gestação bem agitada, trabalhei praticamente do início ao fim deste período.

Sempre fui adepta à academia, então continuei fazendo minha rotina normalmente trabalhava das 8h às 18h, e logo após me direcionava a academia... parei com atividades físicas apenas nos três primeiros meses recomendados pelo médico.

Mas logo após esse período, segui com a rotina de trabalho intenso e atividade física à noite. Trabalhava na área financeira, então a rotina com informações precisas, operações, caixa, fechamento de resultados. O que exigia dedicação e como todo trabalho um pouco de estresse, e essa agitação toda acabava que passando para o bebê. Que por sinal à noite ficava bem agitado.

Nem por isso diminuía o ritmo à medida que os meses iam passando, continuava com a rotina de trabalho intenso, sem contar que na época estava treinando uma pessoa para me cobrir na licença maternidade. Então passava os dias bem corrido.

Apenas as atividades físicas que diminui um pouco, pois antes fazia musculação, pilates, bike, e à medida que a barriga crescia optei por ficar apenas na hidroginástica até o final da gestação.

Fiz isso até as 40 (quarenta) semanas da gestação, e como não tinha nenhuma dilatação, impossível ter parto normal, tive que optar pela cesárea. Resolvi marcar a cirurgia neste prazo, afinal já estava para completar quase 41 (quarenta e uma) semanas, e não adiantava esperar mais, pois nem sinal de dilatação/contração.

Mesmo que eu quisesse parto normal desde o início, dependia da ajuda da natureza neste quesito.

Lembro-me que me ausentei do trabalho uma semana antes apenas para poder descansar um pouco. E no dia do parto continuei a fazer minhas tarefas, arrumei a casa, fui fazer compras, dirigia normalmente, mesmo com a barriga imensa “como se estivesse engolido uma melancia”, no dia ainda fui atrás do enfeite de porta de maternidade, fiz um personalizado que ficou muito bom na época.

Apenas não fui dirigindo para o hospital, pois uma amiga me acompanhou. Mas me sentia ainda muito disposta.

E quando me recordo deste período, associo um pouco ao comportamento do meu filho, ele nasceu bastante agitado, choroso, e mesmo agora mais crescidinho continua agitado, não fica parado nenhum minuto, às vezes penso que a gestação pode ter influenciado.

Mas por outro lado, é fato que todos temos uma personalidade que difere do outro, umas crianças são mais agitadas que outras. Porém ainda tenho uma leve dúvida se o período da gestação pode ter realmente influenciado seu comportamento.

Espero que não, pois neste período passei uma grande agitação, e espero que apesar de tudo não tenha sido um agravante comportamental.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

BIRRA OU MANHA

Qual a idade em que a criança expressa mais birra ou a tão conhecida “manha”?

Desde bebê meu filho sempre chorou muito, me lembro de que a dificuldade era grande pra colocar pra dormir, pois colocava no berço... Ele chorava, então começávamos todo um ritual: colocava pra dormir, chorava, tirava do berço e dava de mama, voltava para o berço e ele voltava a chorar, logo após retirávamos do berço novamente e desta vez trocávamos a fralda, quando pensávamos que ele iria finalmente dormir, começava tudo de novo. Era um círculo vicioso. E assim passávamos a noite quase que inteira.

Ficamos praticamente um ano sem dormir sem interrupções. Após este período fomos dormindo com mais regularidade à noite. Já acordava bem menos, até reduzir para duas vezes e logo nenhuma. Quando conseguimos dormir à noite inteira foi um avanço e tanto.

Depois desta fase, ficamos menos cansados, mas os choros continuaram por um bom tempo, e até hoje, mesmo mais crescidinho.

O que percebo é que ao ser contrariado, começa a choradeira.

Os motivos que meu filho chora são vários... desde muito pequeno sempre foi muito independente, a cada melhoria da coordenação motora, em que ele percebia que conseguia fazer movimentos, ou pegar algum objeto, se sentia todo feliz.

Quando conseguiu colocar os sapatos ficou todo orgulhoso, e não deixou mais ninguém coloca-los para ele, esses dias conseguiu tirar a camiseta pra tomar banho, novamente se sentiu todo orgulhoso.

Para chamar o elevador então, fica bravo se apertamos o “botão” primeiro que ele, afinal ele já consegue apertar, ou seja, já alcança e fica muito bravo se apertamos.

Se ele tem alguma dúvida, me pergunta e ao mesmo tempo diz que não é, diz o que eu falei e acrescenta algo.

Outro dia, me perguntou o nome de um animal, eu respondi “filho é jacaré”, e ele falou “não mamãe, não é, é jacaré verde”. Parece que tem o prazer em contrariar.

E se é contrariado, quando ele quer fazer alguma coisa e não deixamos fazer, automaticamente começa a chorar, por vezes insinua um choro para conseguir o que quer.

A única coisa que ele ainda não aprontou foi de querer muito algo em uma loja ou mercado e fazer birra ou chorar alto. Como toda criança pede coisas, quando ele pede algo explicamos que depois damos, ou que ele já tem ou não precisa, ou depois vemos, que ele sossega.

Pelo menos não berra de se jogar no chão por algum brinquedo ou doce, apenas pede e respondemos que sim ou não, caso a resposta seja não, explicamos o motivo.

O fato é que realmente na idade dos 3 anos em diante devemos começar a conversar cada vez mais com nossos filhos, a fim de que eles passem a entender o porquê, o motivo, as situações, afinal esta fase além de testar os limites, é a fase da formação do caráter, em que passa a ter um entendimento maior do que se passa ao seu redor.

Aumentam as curiosidades também, e conversando com eles, acredito que diminuam também a birra, e eles passem a entender mais e “brigar” menos conosco.

Na escola que meu filho frequenta, escola infantil, a coordenadora me disse a importância de reforçar o diálogo e impor os limites devido à fase dos 3 anos aos 5 anos em que se forma o pilar do caráter da criança.

Esta será a base da educação para o futuro, no início é normal à falta de entendimento, o nervoso dos pequenos, afinal ainda tem dificuldade em se comunicarem e se fazerem entender. Mas com o passar dos meses deve haver a melhora da comunicação, o entendimento do certo/errado, e com isso devem vir às ações condizentes com uma formação de caráter, educação e respeito. Afinal são os valores que permanecerão por uma vida inteira. 

Por isso a importância da construção de um bom alicerce, é como se comparássemos a um prédio sem uma boa estrutura, pode durar um tempo, mas na fase de maturidade corre grande risco de desmoronar.


domingo, 4 de junho de 2017

PRINCÍPIOS E VALORES NA EDUCAÇÃO

Outra festinha de aniversário dos amiguinhos da escola, chegou a hora de escolher aquele presente para a amiguinha (o), eu particularmente gosto de comprar o presente do aniversariante do amiguinho de escola do meu filho com carinho. Afinal toda criança que faz aniversário adora ganhar um presente, e cada presente eles olham com um olhar diferente. Nem precisa ser nada que tenha um valor expressivo, mas que tenha o valor agregado da lembrança.

A amizade na infância ainda é bem pura, e bonita de se ver. Vale ver os amiguinhos se encontrando e se divertindo de tanto pularem e brincarem.

Porque quando nos tornamos adultos cada um segue um caminho claro, cada um traça sua trajetória. Mas os valores, os bons princípios de criação devem ser mantidos. São valores que devemos carregar para a vida inteira.

Na minha infância me lembro até hoje que minha mãe me ensinava o certo do errado, e princípios básicos de educação como não fazer mal ao próximo, evitar desperdício ... seja ele de comida ou água, ou até mesmo com compras desnecessárias, que não tivessem utilidade, ou seja, o consumo compulsivo. Dentre esses valores estava o de ajudar pessoas que precisassem de algo, ou com uma palavra amiga ou com algum bem material que pudesse suprir alguma carência. Ter uma religião, acreditar em algo que fosse muito maior que esta vida.

Esses valores carrego até hoje e acredito neles, e quero passar isto ao meu filho.  

Acredito que se estamos em um mundo violento em que temos que nos trancar, armar contra possíveis ameaças. Somos responsáveis por boa parcela disso tudo.

Vivemos em uma sociedade que ainda falta à consciência do “pensar no próximo”, enquanto isso não mudar, estaremos fadados a tentar nos proteger do inimigo. Porque se pensássemos mais no outro, será que não teríamos amigos ao invés de inimigos?

Hoje vejo que a escola tenta reforçar a importância de pensar no outro, em ajudar o amigo, em dizer as tão palavras mágicas “obrigado”, “de nada”, “por favor”, mas se os pais não reforçarem a força dessas palavras com seus filhos de nada adianta, pois os pais são os grandes responsáveis na formação do caráter dos filhos.

Engraçado, ouvi um comentário que cabe bem nesta situação ... “em uma reunião de pais em uma determinada escola, a professora colocou uma bala em cada mesa em que cada pai iria se sentar, e ao entrar na sala pediu aos pais que tentassem abrir a bala com apenas uma mão, e era difícil claro, como abrir uma bala com apenas uma mão se estamos acostumados a abri-la com duas, moral da história: é como a escola ensinar o aluno apenas na escola, e em casa não dar continuidade. Se a escola ensina, os pais devem participar do aprendizado e reforçarem com seus filhos, incentivarem-nos”.

Achei este exemplo perfeito, de nada adianta a escola fazer o papel dela com princípios de respeito ao coleguinha de sala, aos professores, ao meio ambiente etc., se os pais agem completamente diferente, ou não dão importância a eles. Esta criança provavelmente não vai achar importante segui-los. Realmente os pais exercem um papel crucial na educação de seus filhos.

E tudo começa em respeitar o espaço do próximo, se estamos aqui, neste mundo hoje, é porque existe lugar para todos, mas ele só pode ser mudado se pensarmos menos no “eu” e mais no outro. Ao invés do próximo ficar com raiva do que você tem, se ele for lembrado terá gratidão, e um dos fundamentos que sigo diz “gratidão gera gratidão”.


E acredito que ainda haja esperança de um lugar melhor, uma sociedade mais justa, com menos desigualdade social, mas depende da formação do caráter dessa nova geração que chegou e está chegando, esta sim, com uma nova consciência/princípios/valores pode criar um ambiente bem melhor pra viverem, longe de ameaças que nos perturbam diariamente. 

segunda-feira, 15 de maio de 2017

UM AMIGUINHO AUTISTA

Meu filho ainda está na educação infantil e na sua turma tem um menino com AUTISMO.

Pra falar a verdade, eu sabia muito pouco a respeito desse transtorno que afeta o sistema nervoso.

Da última vez que havia visto mais profundamente um caso desses, foi na Novela “Amor à Vida” em que a personagem Linda sofre pela falta de independência gerada por parte de sua mãe. É fato que toda mãe quer preservar seu filho de situações constrangedoras e por vezes desagradáveis, e me lembro de que com a mãe de Linda, acontecia justamente isso, por excesso de zelo, ela privava a filha de ter um contato social e poder ter um pouco de independência para fazer certas escolhas, ou como, por exemplo, para arrumar a própria cama.

Então quando esse menino ingressou na turma do meu filho, me lembrei levemente deste transtorno, mas passei a ter uma maior percepção do que se trataria.

A mãe do menino começou a interagir com as outras mães, e explicar como um autista agia, enviou aos amiguinhos da escola, um gibi da Turma da Mônica, em que conta a historinha de uma criança com autismo. No aniversário do seu filho, de lembrança, ela entregou a cada amiguinho da escola um livro, que conta a história de uma criança com autismo, que por ventura trata-se de um dos filhos do apresentador Marcos Mion, que tem autismo. Este livro conta como uma criança autista age, ora com timidez, mas com muito carinho e simplicidade.

E porque será que as pessoas deficientes são tão amorosas, a sua grande maioria, necessitam de amor e compreensão, quando se deseja algo, devemos retribuir, dar em troca. Talvez este seja o real motivo.

A mãe do menino sempre reforça nas conversas do whatsapp que o autista tem dificuldades na relação social, por isso conta com o apoio das outras mães, para que seu filho possa se relacionar saudavelmente com as outras crianças.

Um dia meu filho foi mordido por esse menininho e a mãe dele me enviou mensagem pedindo mil desculpas, mas falei a ela para não se preocupar, já que as crianças desta idade por vezes ainda mordem um amiguinho ou outro. É mais difícil, já que sabem se comunicar, mas ainda pode acontecer, e no caso do filho dela é normal.

Lendo mais a respeito, me aprofundei um pouco mais ...

“O transtorno de autismo afeta o sistema nervoso.

O alcance e a gravidade dos sintomas podem variar amplamente. Os sintomas mais comuns incluem dificuldade de comunicação, dificuldade com interações sociais, interesses obsessivos e comportamentos repetitivos.

O reconhecimento precoce, assim como as terapias comportamentais, educacional e familiar podem reduzir os sintomas, além de oferecer um pilar de apoio ao desenvolvimento e à aprendizagem.”

Quanto mais precoce o tratamento, mais eficazes serão os avanços para a vida adulta, e as características podem ser as mais diversas como sensibilidade a sons, comportamento repetitivo, o que a pode tornar especialista em determinada tarefa, podem aprender de forma visual, podem possuir capacidade de memória acima da média.

O único fator que não pode ser mudado é que a criança autista se torna um adulto autista, e mesmo com todos os tratamentos, pode haver uma melhora considerável, mas este transtorno não tem cura.

O autista pode desenvolver mais dos cinco sentidos – visão, audição, olfato, tato e paladar do que outro, o que a torna especialista em um desses sentidos mais que outros.

Acho muito bom este contato na escola, afinal existe uma grande diversidade neste mundo, e o maior desafio está em lidar com elas, mas o que seriamos sem as adversidades, todos somos diferentes uns dos outros, pensamos e agimos de forma desigual. Existem deficientes, seja mental ou fisicamente, não importa, o importante é estarem inseridos na sociedade.