segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A VOLTA AO TRABALHO APÓS O NASCIMENTO DO BABY

Após seis meses voltei ao trabalho.

Algumas mulheres reclamam que engordam e não conseguem voltar à forma física inicial. No meu caso foi o contrário, emagreci demasiadamente, tanto que me sentia até magra demais.
Mas no meu caso, continuava amamentando, e muito. Tirava leite para deixar na escolinha para o meu filho.

Antes de engravidar, costumava malhar bastante, fazia até duas horas de academia por dia, desde treinos aeróbicos até musculação. Fazia de tudo Bike Class, Jump, Gap, Pilates, Natação. Sempre fui muito adepta a prática de atividades físicas. Durante a gestação até o sexto mês ainda fazia Pilates, mas depois fiquei apenas na hidroginástica. A hidroginástica fiz a gestação inteira, me ajudou bastante, pois não inchei absolutamente nada.

Porém quando meu filho nasceu até mesmo pelo fato de o pós-cirúrgico requerer alguns cuidados, tive que repousar, e mais do que isso, tinha um bebê para cuidar.

Um bebê que eu tinha que alimentá-lo e atender as suas necessidades básicas.

Então quando retornei ao trabalho havia perdido massa muscular, tive que me adaptar ao meu novo corpo. Minhas roupas estavam praticamente todas folgadas.

Mais estranho que isso era retornar as minhas atividades, e adotar uma nova rotina, acordar cedo, deixar o pequeno na escola e ir ao trabalho, depois sairia no horário do almoço para amamenta-lo, este era o planejado, voltaria e iria busca-lo no final do dia.

Assim supriria uma mamada, justamente o leite que os outros bebês tomariam na escola, como ele era alérgico estaria dando de mamar pra ele neste horário.

Quando cheguei à empresa, retornei como se nada tivesse mudado, mas não era isso que havia acontecido. Tudo havia mudado, não fazia o meu trabalho do mesmo jeito que antes, havia um novo formato de trabalho. Sim tudo muda no retorno, afinal foram considerados seis meses de afastamento.

Sem contar que havia uma nova rotina, conciliava à amamentação, o trabalho, a vida de dona de casa à noite.

E minhas idas a academia haviam acabado, com um Bebê de seis meses, era pouco provável que houvesse tempo disponível. Durante o dia estava totalmente ocupada, e à noite me preocupava com o banho, o sono do pequeno.

Havia apenas eu e meu marido, os familiares estavam distantes, moravam em outra cidade, mesmo meus pais também moravam em outra cidade.

Assim era um revezamento esposa x marido. Os dois tentando descobrir como se fazia isso e aquilo, ambos sem experiência com bebês. Para ajudar não tínhamos contato com crianças pequenas. Assim com o baby era um aprendizado constante.

Ainda continuei com a rotina da amamentação no horário do almoço por uns seis meses, como não era tão perto do trabalho, me deslocava de carro, corria o máximo possível, para chegar no horário. Era tão curioso, parece que ele já me aguardava, seus olhos ficavam aguçados ao me ver.

Na ocasião tinha uma Pedagoga na sala onde ele ficava que era muito boa, ela direcionava ele e o pegava quando eu saia, de forma que ele ficasse confortável, e seguro. E claro, ela me passava uma confiança de que meu filho ficaria bem.

Um dia que não pude ir, porque estava com muito trabalho na empresa, me senti muito culpada, ao ir busca-lo à noite senti a reação dele nos olhos, estava triste.

Nós mães sempre nos sentimos responsáveis por tudo que acontece com nossos filhos, parece que é algo maternal.

Foi uma fase dura, já que com a escola vieram também as indesejáveis doenças comuns em bebês que frequentam escolinhas.

Principalmente, quando esta pedagoga, pessoa que tanto confiava em deixar meu filho se desligou da escola em busca de um novo desafio profissional.

Neste dia, no mesmo horário do almoço, fui amamenta-lo, e ele já estava diferente, dei de mamar e na saída, ele chorava muito, como se não quisesse ficar. Neste dia percebi que havia algo errado, foi quando soube que esta pedagoga havia saído da escola. Neste momento senti uma enorme perda, assim como meu filho deve ter sentido.

Depois deste dia, ele ficou cada dia mais doente, o que me fez tirá-lo da escola, e finalmente deixa-lo em casa com uma Babá.

As mamães que trabalham devem entender bem o que é conciliar um filho com o trabalho, ainda mais quando são tão pequenos.

Mas como tudo passa, agradeço ter superado esta fase.


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