quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A EMOÇÃO DO PARTO

Minha barriga estava enorme, já estava com 37 semanas de gestação, e não tinha nenhuma dilatação.

A princípio queria que o parto fosse normal, mas o bebê não estava encaixado e eu não possuía nem sinais de dilatação.

Assim o médico me aconselhou a marcar o dia da cirurgia, a cesárea.

Tinha certo receio desta cirurgia, como sempre fui adepta a processos naturais, acreditava que o parto normal seria o ideal, pois assim como meu corpo sofreu toda uma transformação na gestação, na minha cabeça o parto normal seria um processo natural de nascimento, e após isso, o corpo também se encarregaria de uma forma mais rápida, voltar à condição física anterior a gravidez.

Realmente, se ouvirmos os casos do parto normal, veremos que tem toda uma vantagem, só de não sofrer com um processo cirúrgico já é um grande ganho, e também o corpo que volta mais rápido à condição física.

Mas no meu caso, não havia o que ser feito, não havia escolha.

Assim com 40 semanas, o médico agendou minha cirurgia, havia marcado para o dia 20 de Maio de 2013 exatamente às 11h.

Fui com antecedência para o hospital, por volta das 17h. De forma que evitasse sofrer qualquer tipo de imprevisto.

Neste dia eu havia feito de tudo, arrumado a casa, feito compras, inclusive fui procurar o Enfeite de Porta de Maternidade. Como não achei exatamente o que queria, tive que improvisar, comprei um ursinho dormindo na Lua e pedi para personalizarem com o nome do meu pequeno Gustavo.

Fui buscar o enfeite no horário marcado, e uma amiga me acompanhou até a Maternidade. O que mais me surpreendia é que eu não sentia absolutamente nada, nenhum tipo de dor, apenas um desconforto na região lombar, mas acredito que teria sido devido ao peso da barriga.

Eu havia engordado muito pouco na gestação, em torno de 7,5 kg. Sentia-me muito bem, não havia do que reclamar.

Na maternidade fui muito bem recepcionada, me direcionaram a um exame pré-parto, neste analisavam se a paciente estava bem, com a pressão sob controle, e se havia dilatação, contrações.

Quando a médica me perguntou se eu sentia contrações e sobre dilatação, disse que nem sabia o que era isso. Realmente ao me examinar confirmou que eu não tinha nenhuma dilatação.

Depois dessa avaliação pré-parto, fui levada ao quarto em que ficaria, era um quarto grande, bem aconchegante. Passaram-me as instruções de vestimenta cirúrgica, a troca de roupa pelo avental e touca.

Após algumas horas de espera, posso dizer que próximo ao horário fiquei um pouco ansiosa. Encaminharam-me para outra sala, próximo ao Centro Cirúrgico, aguardei por alguns minutos, até entrar na sala de cirurgia.

Lá estava a equipe médica que consistia no meu obstetra, a esposa dele e o anestesia.

A esposa dele já havia passado com ela em consulta de rotina antes da gravidez, o obstetra tinha total confiança, então me sentia bem segura.

Prepararam-me, tomei a tão temida anestesia, mas ocorreu tudo bem, apenas fiquei sem sentir meu corpo por umas horas.

Meu marido não havia subido para a sala, comentei com o doutor, ele ligou imediatamente no celular dele, chamando-o para assistir ao parto.

Na verdade meu marido estava meio que zonzo com tudo aquilo, afinal aquela era a hora, não seria mais adiada, conheceríamos o tão sonhado príncipe.

Por minha parte havia a curiosidade em saber como ele seria a cor de pele, olhos, cabelo, com quem ele se pareceria mais, mas na verdade um bebê recém-nascido não tem muito os traços evidentes, eles vão se formando com o passar dos dias.

A tão esperada hora havia chegado, o médico havia começado a cirurgia, teve que fazer certa força para o bebê sair, pensei ... ele estava tão confortável que nem queria sair da minha barriga.

E do refletor, consegui ver o nascimento por completo, o bebê saindo da barriga, e finalmente o choro, enrolaram o corpo e a cabeça rapidamente e me entregaram, me lembro como se fosse hoje, aquele corpo tão pequeno, olhos, boca, nariz pequeninos.

Só posso dizer que a emoção do nascimento de um filho é imensurável, caiu uma lágrima, mas posso afirmar que foi de muita alegria.

Meu filho nasceu com 2,940 kg, 46,5 cm, no dia 21 de Maio de 2013 a meia noite e sete minutos.


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