quinta-feira, 8 de junho de 2017

A GESTAÇÃO INTERFERE NO COMPORTAMENTO DA CRIANÇA

Especialistas dizem que o humor da criança, temperamento pode ser reflexo da gestação.

Posso dizer que tive uma gestação bem agitada, trabalhei praticamente do início ao fim deste período.

Sempre fui adepta à academia, então continuei fazendo minha rotina normalmente trabalhava das 8h às 18h, e logo após me direcionava a academia... parei com atividades físicas apenas nos três primeiros meses recomendados pelo médico.

Mas logo após esse período, segui com a rotina de trabalho intenso e atividade física à noite. Trabalhava na área financeira, então a rotina com informações precisas, operações, caixa, fechamento de resultados. O que exigia dedicação e como todo trabalho um pouco de estresse, e essa agitação toda acabava que passando para o bebê. Que por sinal à noite ficava bem agitado.

Nem por isso diminuía o ritmo à medida que os meses iam passando, continuava com a rotina de trabalho intenso, sem contar que na época estava treinando uma pessoa para me cobrir na licença maternidade. Então passava os dias bem corrido.

Apenas as atividades físicas que diminui um pouco, pois antes fazia musculação, pilates, bike, e à medida que a barriga crescia optei por ficar apenas na hidroginástica até o final da gestação.

Fiz isso até as 40 (quarenta) semanas da gestação, e como não tinha nenhuma dilatação, impossível ter parto normal, tive que optar pela cesárea. Resolvi marcar a cirurgia neste prazo, afinal já estava para completar quase 41 (quarenta e uma) semanas, e não adiantava esperar mais, pois nem sinal de dilatação/contração.

Mesmo que eu quisesse parto normal desde o início, dependia da ajuda da natureza neste quesito.

Lembro-me que me ausentei do trabalho uma semana antes apenas para poder descansar um pouco. E no dia do parto continuei a fazer minhas tarefas, arrumei a casa, fui fazer compras, dirigia normalmente, mesmo com a barriga imensa “como se estivesse engolido uma melancia”, no dia ainda fui atrás do enfeite de porta de maternidade, fiz um personalizado que ficou muito bom na época.

Apenas não fui dirigindo para o hospital, pois uma amiga me acompanhou. Mas me sentia ainda muito disposta.

E quando me recordo deste período, associo um pouco ao comportamento do meu filho, ele nasceu bastante agitado, choroso, e mesmo agora mais crescidinho continua agitado, não fica parado nenhum minuto, às vezes penso que a gestação pode ter influenciado.

Mas por outro lado, é fato que todos temos uma personalidade que difere do outro, umas crianças são mais agitadas que outras. Porém ainda tenho uma leve dúvida se o período da gestação pode ter realmente influenciado seu comportamento.

Espero que não, pois neste período passei uma grande agitação, e espero que apesar de tudo não tenha sido um agravante comportamental.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

BIRRA OU MANHA

Qual a idade em que a criança expressa mais birra ou a tão conhecida “manha”?

Desde bebê meu filho sempre chorou muito, me lembro de que a dificuldade era grande pra colocar pra dormir, pois colocava no berço... Ele chorava, então começávamos todo um ritual: colocava pra dormir, chorava, tirava do berço e dava de mama, voltava para o berço e ele voltava a chorar, logo após retirávamos do berço novamente e desta vez trocávamos a fralda, quando pensávamos que ele iria finalmente dormir, começava tudo de novo. Era um círculo vicioso. E assim passávamos a noite quase que inteira.

Ficamos praticamente um ano sem dormir sem interrupções. Após este período fomos dormindo com mais regularidade à noite. Já acordava bem menos, até reduzir para duas vezes e logo nenhuma. Quando conseguimos dormir à noite inteira foi um avanço e tanto.

Depois desta fase, ficamos menos cansados, mas os choros continuaram por um bom tempo, e até hoje, mesmo mais crescidinho.

O que percebo é que ao ser contrariado, começa a choradeira.

Os motivos que meu filho chora são vários... desde muito pequeno sempre foi muito independente, a cada melhoria da coordenação motora, em que ele percebia que conseguia fazer movimentos, ou pegar algum objeto, se sentia todo feliz.

Quando conseguiu colocar os sapatos ficou todo orgulhoso, e não deixou mais ninguém coloca-los para ele, esses dias conseguiu tirar a camiseta pra tomar banho, novamente se sentiu todo orgulhoso.

Para chamar o elevador então, fica bravo se apertamos o “botão” primeiro que ele, afinal ele já consegue apertar, ou seja, já alcança e fica muito bravo se apertamos.

Se ele tem alguma dúvida, me pergunta e ao mesmo tempo diz que não é, diz o que eu falei e acrescenta algo.

Outro dia, me perguntou o nome de um animal, eu respondi “filho é jacaré”, e ele falou “não mamãe, não é, é jacaré verde”. Parece que tem o prazer em contrariar.

E se é contrariado, quando ele quer fazer alguma coisa e não deixamos fazer, automaticamente começa a chorar, por vezes insinua um choro para conseguir o que quer.

A única coisa que ele ainda não aprontou foi de querer muito algo em uma loja ou mercado e fazer birra ou chorar alto. Como toda criança pede coisas, quando ele pede algo explicamos que depois damos, ou que ele já tem ou não precisa, ou depois vemos, que ele sossega.

Pelo menos não berra de se jogar no chão por algum brinquedo ou doce, apenas pede e respondemos que sim ou não, caso a resposta seja não, explicamos o motivo.

O fato é que realmente na idade dos 3 anos em diante devemos começar a conversar cada vez mais com nossos filhos, a fim de que eles passem a entender o porquê, o motivo, as situações, afinal esta fase além de testar os limites, é a fase da formação do caráter, em que passa a ter um entendimento maior do que se passa ao seu redor.

Aumentam as curiosidades também, e conversando com eles, acredito que diminuam também a birra, e eles passem a entender mais e “brigar” menos conosco.

Na escola que meu filho frequenta, escola infantil, a coordenadora me disse a importância de reforçar o diálogo e impor os limites devido à fase dos 3 anos aos 5 anos em que se forma o pilar do caráter da criança.

Esta será a base da educação para o futuro, no início é normal à falta de entendimento, o nervoso dos pequenos, afinal ainda tem dificuldade em se comunicarem e se fazerem entender. Mas com o passar dos meses deve haver a melhora da comunicação, o entendimento do certo/errado, e com isso devem vir às ações condizentes com uma formação de caráter, educação e respeito. Afinal são os valores que permanecerão por uma vida inteira. 

Por isso a importância da construção de um bom alicerce, é como se comparássemos a um prédio sem uma boa estrutura, pode durar um tempo, mas na fase de maturidade corre grande risco de desmoronar.


domingo, 4 de junho de 2017

PRINCÍPIOS E VALORES NA EDUCAÇÃO

Outra festinha de aniversário dos amiguinhos da escola, chegou a hora de escolher aquele presente para a amiguinha (o), eu particularmente gosto de comprar o presente do aniversariante do amiguinho de escola do meu filho com carinho. Afinal toda criança que faz aniversário adora ganhar um presente, e cada presente eles olham com um olhar diferente. Nem precisa ser nada que tenha um valor expressivo, mas que tenha o valor agregado da lembrança.

A amizade na infância ainda é bem pura, e bonita de se ver. Vale ver os amiguinhos se encontrando e se divertindo de tanto pularem e brincarem.

Porque quando nos tornamos adultos cada um segue um caminho claro, cada um traça sua trajetória. Mas os valores, os bons princípios de criação devem ser mantidos. São valores que devemos carregar para a vida inteira.

Na minha infância me lembro até hoje que minha mãe me ensinava o certo do errado, e princípios básicos de educação como não fazer mal ao próximo, evitar desperdício ... seja ele de comida ou água, ou até mesmo com compras desnecessárias, que não tivessem utilidade, ou seja, o consumo compulsivo. Dentre esses valores estava o de ajudar pessoas que precisassem de algo, ou com uma palavra amiga ou com algum bem material que pudesse suprir alguma carência. Ter uma religião, acreditar em algo que fosse muito maior que esta vida.

Esses valores carrego até hoje e acredito neles, e quero passar isto ao meu filho.  

Acredito que se estamos em um mundo violento em que temos que nos trancar, armar contra possíveis ameaças. Somos responsáveis por boa parcela disso tudo.

Vivemos em uma sociedade que ainda falta à consciência do “pensar no próximo”, enquanto isso não mudar, estaremos fadados a tentar nos proteger do inimigo. Porque se pensássemos mais no outro, será que não teríamos amigos ao invés de inimigos?

Hoje vejo que a escola tenta reforçar a importância de pensar no outro, em ajudar o amigo, em dizer as tão palavras mágicas “obrigado”, “de nada”, “por favor”, mas se os pais não reforçarem a força dessas palavras com seus filhos de nada adianta, pois os pais são os grandes responsáveis na formação do caráter dos filhos.

Engraçado, ouvi um comentário que cabe bem nesta situação ... “em uma reunião de pais em uma determinada escola, a professora colocou uma bala em cada mesa em que cada pai iria se sentar, e ao entrar na sala pediu aos pais que tentassem abrir a bala com apenas uma mão, e era difícil claro, como abrir uma bala com apenas uma mão se estamos acostumados a abri-la com duas, moral da história: é como a escola ensinar o aluno apenas na escola, e em casa não dar continuidade. Se a escola ensina, os pais devem participar do aprendizado e reforçarem com seus filhos, incentivarem-nos”.

Achei este exemplo perfeito, de nada adianta a escola fazer o papel dela com princípios de respeito ao coleguinha de sala, aos professores, ao meio ambiente etc., se os pais agem completamente diferente, ou não dão importância a eles. Esta criança provavelmente não vai achar importante segui-los. Realmente os pais exercem um papel crucial na educação de seus filhos.

E tudo começa em respeitar o espaço do próximo, se estamos aqui, neste mundo hoje, é porque existe lugar para todos, mas ele só pode ser mudado se pensarmos menos no “eu” e mais no outro. Ao invés do próximo ficar com raiva do que você tem, se ele for lembrado terá gratidão, e um dos fundamentos que sigo diz “gratidão gera gratidão”.


E acredito que ainda haja esperança de um lugar melhor, uma sociedade mais justa, com menos desigualdade social, mas depende da formação do caráter dessa nova geração que chegou e está chegando, esta sim, com uma nova consciência/princípios/valores pode criar um ambiente bem melhor pra viverem, longe de ameaças que nos perturbam diariamente.