segunda-feira, 29 de agosto de 2016

INTERAÇÃO DA CRIANÇA

A criança ao iniciar na escolinha, quando ainda bebê, não tem muita noção do que é um amigo. Quando bebê ela ainda requer muitos cuidados das berçaristas, a maior parte do tempo são cuidados de higiene e alimentação.

E à medida que vão adquirindo meses de vida, eles vão se tornando um pouco mais independentes e já dão mostras de algum tipo de interação, seja com as professoras ou com algum amigo.

Ainda é muito pouco se pensarmos que estão com alguns meses de vida ou até um ano.

Eu imaginava com que idade meu filho realmente iria fazer amigos, afinal os primeiros aninhos ainda são bem precoces se pensar em “amigos”.

Mas toda mãe quer que seu filho seja uma criança além de saudável, sociável.

Mas existem várias fases de uma criança, meu filho quando tinha por volta de um ano, era bem sociável, uma vez o levei em uma festa de aniversário e ele ficou muito bem, contente, todos que estavam na festa interagiam com ele, e ele deixava que o pegassem no colo, muito bonzinho por sinal.

Já com dois aninhos, não queria falar com ninguém, estranhava, se pessoas conhecidas se aproximasse, ele não gostava e logo fechava a cara. E se fossem desconhecidas e fossem brincar com ele, também não aceitava, achava ruim.

Tanto que nesta fase costumava se esconder atrás dos pais, e eu preocupada pensava “como esse menino mudou, ele não era assim, era tão sociável e agora está totalmente introvertido, será que é uma fase ?” ... “Será que vai passar ou vai continuar desta forma?”

Mas felizmente aos três anos ele mudou, voltou a interagir com as pessoas, responde a perguntas, fala palavras mágicas como “obrigado, tchau, oi”. Não faz mais aquela cara feia de quem não gostou, consegue se expressar melhor, perguntar pelos avós e tios por exemplo.

Nesta fase acredito que a criança fortaleça o vinculo de relacionamento com os avós e tios. Ela quer e pede para ir à casa deles.

E exatamente nesta fase que ela consegue interagir melhor com os amigos, a participar de brincadeiras mesmo, é engraçado porque começam até a pedir pra ir à casa de amigos, mesmo com pouca idade e parecem que tem mais afinidades com certas crianças do que com outras. 

Meu filho mesmo, ao chegar da escola, sempre pergunto se brincou bastante na escolinha, ele afirma que sim, e quando pergunto com quais amigos, ele sempre diz o nome dos mesmos, pois é, até criança tem a chamada “afinidade”.

Essa afinidade realmente está intrínseca no ser humano, independente da idade.

Certo dia ao ir busca-lo na escola, e pela primeira vez o via brincando com os amigos de uma forma diferente, os amigos falavam com ele, como se estivessem gozando, e ele voltava e retrucava com eles, ambos davam risada.

É como se eles estivessem bem familiarizados um com o outro, e de certa forma estão, afinal passam a semana praticamente juntos período integral.

É um bom sinal, um estímulo para ir à escola, os amigos.


Além do mais ele está na estatística de filhos únicos, sem primos da mesma idade, então é importante o convívio com crianças. E mais do que isso ter seus amiguinhos, sejam eles amigos de escola ou vizinhos, como não temos vizinhos pequenos, que ele tenha amigos da escolinha.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

CUIDADO COM O CUIDADO EXCESSIVO

Quando meu filho ainda era bebê costumava levar diversos objetos a boca, sentia até certo receio de ele contrair alguma doença. Mas em geral os médicos até sugerem que as crianças devem ter diversos contatos com a terra, com o chão de forma a adquirem anticorpos para a vida adulta.

Então banir a criança a esses contatos também pode ser prejudicial ao seu sistema imunológico. Lógico que devemos ter cuidados com a higiene da criança, mas não podemos se extremamente radicais.

Logo que meu filho nasceu eu era neurótica quanto a sua saúde e segurança, me atentava aos mínimos detalhes de higiene, pedia a pessoas que viessem visita-lo a passarem álcool gel nas mãos antes de pegá-lo no colo. Pedia também que evitassem o beijo, de forma a evitar o tão conhecido “sapinho”, tinha pavor de ele pegar alguma dermatite.

Zelava por ambientes frios, queria protege-lo ao máximo de qualquer vento. Sempre observava se estava bem agasalhado, para que não pegassem nenhum tipo de friagem e ficasse gripado ou resfriado.

Tive tantos cuidados, e a maior parte em vão.

Pois logo que ele ingressou na escolinha, começou a adquirir uma série de enfermidades, desde gripe até pneumonia, conjuntivite que eu desconhecia em bebês, ele chegou a ter nos dois olhos. A dermatite ele teve com a alergia a proteína do leite, sua pele ficava bem avermelhada com o contato com o leite, que tive que retirar totalmente da sua alimentação e passar a fazer a dieta da restrição da proteína do leite.

Foi um período em que costumava ir praticamente diariamente ao Pronto Socorro, em busca de ajuda dos médicos, já que a cada momento aparecia uma enfermidade diferente.

Acredito que em boa parte, pode ter sido o cuidado excessivo que tive com ele nos cinco primeiros meses, pois logo após que acabou minha licença maternidade tive que retornar ao trabalho, e na escolinha ele não tinha todo o aconchego que eu proporcionava em casa.

Sem contar que meu filho amamentou ininterruptamente durante este período, deve ter sentido falta não apenas da figura materna, mas do aconchego da amamentação.

Certo dia quando o levei ao pediatra, o próprio médico pediu que eu o tirasse da escolinha e deixasse em casa, já que a criança não conseguia acompanhar a curva de crescimento, como estava constantemente doente, comia mal e consequentemente não ganhava peso e não crescia.

Após tirá-lo da escolinha fiquei mais tranquila, arrumei uma babá período integral, deixava a comida pronta, as orientações e atividades para ele e assim podia trabalhar com mais tranquilidade. Sem ter que me preocupar no meio do expediente de trabalho com ligações da escola sobre febre e vômitos. Eram constantes essas reações por conta de viroses.

E após um ano quando infelizmente a babá começou a ter problemas de saúde, tive que procurar uma escolinha para ingressá-lo novamente, já estava na hora também, precisava ter contato com crianças, brincar com criança.

Fiquei um pouco receosa, e não queria que fosse como ao inicio, queria que desse certo e ele não adoecesse mais como antes.

E acredito ter feito a escolha certa, ele ingressou em outra escolinha, muito bonita por sinal, bem organizada, toda colorida, repleta de brinquedos, motociclos, balanço, casinha na arvore.

E posso dizer que ficou doente, mas foram pouquíssimas vezes, nem se compara como antes. Parte disto foi à boa adaptação e também não sentia, mas tanto minha ausência, já havia parado a amamentação. E o melhor de tudo é que com a idade as crianças ficam mais independentes e com o apoio dos pais passam a se sentirem mais seguras também.

É como dizem “proteger demais desprotege”. Portanto mamães calma, nada de excessos. Experiência própria.


domingo, 21 de agosto de 2016

QUANDO REALMENTE SEU FILHO VAI FALAR...

Meu filho começou a falar aos oito meses, ele falou a primeira tão esperava palavra: “mamãe”.
Então ficamos esperando ele falar a palavra papai, mas ele demorou a falar esta palavra, foi após um ano de idade.

Mas ele veio a falar bem mais aos três anos de idade, com dois anos ainda falava muito pouco. Com esta idade fico surpresa com tantas novas palavras e frases que ele pronuncia.

Muitas das palavras ainda saem meio enroladas, e é como se tivesse que fazer um esforço para entender o que a criança está dizendo, algumas vezes é preciso pedir que a criança pronuncie mais de uma vez o que está dizendo, talvez até mais de duas ou três vezes, e tem palavras que não adianta apenas os pais que entendem.

Antes ele ficava meio irritado quando eu pedia pra ele repetir o que havia dito, até que ele parava de falar, então eu o ajudava arriscando a dizer algumas possíveis palavras, até ele me confirmar qual era a correta. Esta forma de pronunciar as possíveis palavras ajuda no desenvolvimento da fala da criança, afinal ajudamos pronunciando corretamente.

A criança mesmo que com a fala ainda “enrolada” costuma ouvir e repetir o que dizemos, por exemplo, quando ainda tinha um ano para falar Danone, ele dizia “Dodô”. Um dia perguntei se o que ele queria após o lanche e ele me disse “Dodô”, e após eu pronunciar Danone, ele confirmou corretamente Danone. Foi quando pensei ah ele já consegue falar corretamente a palavra.

Por isso que educadores frisam a importância de sempre falar corretamente com seus filhos e nunca reduzir as palavras seja no diminutivo ou através de gírias. Pude confirmar que realmente eles tentam se esforçar por repetir o que dizemos.

Na fase dos três anos em que eles entendem bem mais as palavras, sentidos, vale tomar um pouco de cuidado com palavrões, expressões sarcásticas, gírias etc., pois eles se projetam nos pais, e costumam repetir o que dizemos.
Às vezes escapa, e você pensa que a criança não ouviu, mas lá está ela pronunciando, o que você por deslize, você acabou de dizer.  E logo tentamos desfazer o que acabamos de falar.
E quando ficamos nervosos por alguma situação, ou fato acontecido, seja no trânsito, ou em algum estabelecimento, ou conversando com o pai sobre algo, já peguei meu filho falando meio que rindo “mamãeeee” ou “papaiiiii”, meio que reprovando o que estávamos dizendo. É como se ele quisesse dizer “parem de falar isso, é feio”.

Com tão pouca idade, parece entender o que dizemos, e realmente temos que nos policiar, nem sempre é possível, afinal nos dias tão extenuantes que passamos, ou seja, no trânsito, ou seja, no trabalho, às vezes meio que naturalmente falamos algo que não devemos. Mas em se tratando de estar perto de crianças todo o cuidado é pouco.

Outro dia me surpreendi com uma nova expressão “mamãe não pode, isso é muito feio”, depois de eu ter sentado num saquinho do quebra-cabeça dele. Olhei pra ele, e ri muito, me senti orgulhosa por ele começar a diferenciar o que pode e o que não pode.

Todos os pais também esperam que seus filhos digam as tão esperadas palavras mágicas como “obrigado, tchau, oi, bom dia, boa tarde, boa noite, durma bem”... e acredito que uma das mais esperadas palavras seja – “desculpa”, pois bem inesperadamente, meu filho me pediu desculpa depois de eu ter falado pra ele que não era tal coisa era outra, e ele parecia entender que estava errado e falou “desculpa”, a palavra saiu meio enrolada, mas de perfeita compreensão.

Achei um avanço incrível, é como se ele passasse a compreender o que é errado. Ele nem sempre usa a desculpa para o que realmente deve-se pedir desculpa, mas já é o início.

O papel das palavras tem um ponto fundamental na educação da criança. Com o passar dos anos, ele vão entendendo cada vez mais o significado de cada uma delas, e cabe aos pais se atentarem ainda mais a educação dos seus filhos. Na sua formação, e o que quer que eles sigam e o que não sigam.
  


quinta-feira, 18 de agosto de 2016

SEU FILHO COME MAL?

Após os 5 meses, comecei a introduzir alimentos sólidos na alimentação do meu filho, aos poucos ele foi começando a comer frutas como laranja, maçã, melão, banana, mamão ... me lembro até hoje como ele gostava de comer mamão e laranja.
  
Nas refeições começamos com as papinhas ... quando não tinha tempo de fazer, meu marido comprava papinhas orgânicas para o final de semana. De semana ele comia na escolinha. 

Após um ano ele passou a consumir arroz, feijão, carne ... foi uma fase que acreditem tenho até saudades, nesta fase ele ficou durante um ano em casa com a babá, eu deixava arroz integral, feijão, carne ou frango, algum tipo de legumes, e ele comia. E comia bem.

Logo que foi para a escola, pensei “ele vai comer bem, já que em casa já está acostumado a comer comida” ... foi um engano de minha parte, pois foi a partir desta etapa que ele passou a comer bem menos comida. 

Hoje ele não come mais arroz integral e tão pouco feijão. Quando falo para ele comer carne, frango ... simplesmente não quer, faz careta ...

Um dia perguntei para a professora se era só ele que não comia, ela me disse que não, que a maioria das crianças não comiam nem carne, que o que eles mais comem é arroz branco. E logo quando ele entrou na escola ele comia melhor, mas aos poucos foi deixando de comer. 

Com 3 anos o que ele come: arroz branco, quibe de vez em quando e peito de peru, apenas isso nas refeições. Quando está mais animado come macarrão.  

Bom este é um relato de uma mãe que trabalha o dia inteiro, e o filho fica período integral na escolinha.  

Na escola até me falavam que ele come bem. Mas ao perguntar sobre o que ele come, me disseram que come arroz, e eu disse “o que mais, come carne, frango? ” ... não come, legumes então nem me atrevo a perguntar. 

Hoje conversando com um pai de uma menina de 5 anos, perguntei se ela comia melhor com esta idade, e ele me informou que come mal, que procura complementar a alimentação com Sustagen.  

Em janeiro fiz uma pequena viagem a um Resort, bem direcionado a crianças, existia um refeitório apenas para esses pequenos e observando os pais com seus filos, notei que o dilema é o mesmo, eles não querem comer, comem muito pouco e aceitam apenas alguns alimentos, e a grande maioria gosta de uma “besteira” ou da sobremesa. O meu como ainda não conhece muito sobremesas, doces, ainda prefere comer frutas. Pelo menos fruta ele gosta e come bem. 

Já informei ao pediatra que ele come muito pouca comida, o médico me acalmou dizendo que nesta fase eles ficam agitados pensando em brincar, então não dão muita importância a alimentação. Resumindo, ficam mais preocupados em brincar do que em comer. 

Na minha infância, me recordo que eu não gostava de carne mas comia ovo, não gostava de leite, mas meio que imposto, minha mãe fez eu tomar leite, introduzindo os achocolatados ou pós de sabor morango. Fez que fez até eu gostar.  

Mas era uma outra época também, apenas meu pai trabalhava, ficava com minha mãe em casa, ela sempre fazia nas refeições – uma porção de arroz, feijão, algum legume, verdura e um tipo de carne.  

Acredito que tenha sido uma convivência, vivenciando na minha casa apenas alimentos saudáveis, a sobremesa após as refeições eram frutas. Então fui crescendo com esta percepção de alimentação, para mim era comum comer berinjela por exemplo.  

O que me recordo foi de um dia almoçar na casa de minha tia, e ela me oferecer pepino, até então não havia comido, e a princípio falei que não gostava. E ela me falou “como você não gosta se nunca experimentou? ” Foi a partir daquele dia que passei a comer este legume. 

Os pais realmente passam por “maus bocados”, mas a insistência ainda cabe nesta situação, e esperamos que seja uma fase desses pequenos, já que à medida que vão crescendo esperamos que eles se interessem mais pelos alimentos.