Após 3 anos posso dizer
que meu filho entrou na curva de crescimento, após passar por longo período de
alergia a proteína do leite, foram várias as privações.
Ele não comia
absolutamente nada que contivesse leite na composição, deixou de comer queijo,
bisnaguinha, bolacha de leite e até hoje ele não aceita comer. Quando coloco
requeijão no pão ele mal come. Acredito que tenha sido porque não tenha se
familiarizado com o gosto desses alimentos quando ainda era muito pequeno.
Mas por incrível que
pareça pão de queijo ele come, leite ele toma bastante, hoje praticamente o que
ele mais aceita comer no café é pão de queijo, ele adora. O leite para ele se
acostumar comecei a colocar um pouco de Ades e misturar, ades ele gosta de
tomar até hoje. O leite eu continuo oferecendo misturado com um pouco de Ades, para
variar ... vou colocando vários sabores ora abacaxi, ora maçã, ora uva, ora
laranja.
Sinto por ele não comer de
tudo, imagine seu filho não comer bisnaguinha com requeijão ou queijo que é
algo que a maioria das crianças adoram.
Mas em compensação a
alergia que ele tinha da proteína do leite que fazia a pele engrossar e criar
uma certa vermelhidão, passou.
Neste período passei o
creme hidratante Cetaphil, até hoje passo, mas em bem menor quantidade, afinal a
sua pele já está com a aparência bem mais lisa.
Os médicos me informaram
que era bem provável que a alergia passasse por volta dos 2 a 3 anos, ainda bem
que se concretizou.
Hoje já pode participar
das festas na escola, comer bolo, brigadeiro e pão de queijo. Não faz mais mal.
Pode ter uma vida normal.
E pensar que antes eu
ficava agoniada se em qualquer lugar que fossemos, tentassem dar algum alimento
com leite para ele.
Uma vez ele havia ficado
doentinho, com gripe e deixei ele na casa da minha mãe, ela não compreendia
porque ele não podia comer nada que contivesse leite na composição. Um belo dia
ela deu Danone para ele comer, ele adorou é claro, como toda criança. Mas nesta
fase, como ele já tinha dois aninhos, provavelmente a alergia já estava
passando. Não teve nenhum sintoma.
Foi a partir deste momento
que ele começou a comer Danone, e come até hoje sem problema algum.
É como o médico havia me
orientado na época, que eu deveria ir introduzindo os alimentos com leite
gradualmente, e foi o que fiz.
Me sinto satisfeita desta
fase ter passado, pois meu filho teve dificuldades no crescimento, em ganhar
peso, e consequentemente com a alimentação tão regrada, ficava com o sistema
imunológico frágil, constantemente estava doente.
Havia semanas que eu e meu
marido íamos ao hospital, Pronto Socorro, praticamente todos os dias. Sem
considerar a preocupação que nos consumia por inteiro. As dúvidas eram
constantes, nos perguntávamos em que estávamos errando, se era na alimentação
que precisava ser mais consistente, na escola se realmente era apropriada
quanto a higiene, divisão de crianças bebês x crianças maiores. Se era a
ausência dos pais que afetava o seu lado emocional, já que logo que acabou
minha licença maternidade, voltei a rotina de trabalho normal.
Enfim são questionamentos
que nós pais fazemos.
Realmente, pais que
possuem filhos alérgicos sofrem um pouco, pois são vários cuidados que se deve
ter com a alimentação e não apenas em casa, pois o cuidado vai além de casa,
acompanha os lugares que a criança frequenta, o que vão servir. Os pais têm que
redobrar a atenção.
Ainda que no caso do meu
filho a alergia não era tão grave, mas existem casos que comprometem até mesmo
o sistema respiratório. E se a criança ingerir alimento que contenha proteína
do leite na composição, pode travar o sistema respiratório.
Por isso a importância do
acompanhamento.
Mas pais que se sentem
agoniados com esta situação, ouçam o conselho do médico, ele pode nos orientar
e nos confortar quanto ao tempo desta alergia, e quais cuidados devemos tomar.
Caso não sintam confiança em algum profissional, ousem consultar outros
especialistas. Até sentir que as mudanças possam acontecer e consequentemente
seu filho possa melhorar.
O importante é não
desistir.