Segundo o último
boletim divulgado pelo Ministério da Saúde são 3.448 casos que estão sendo
investigados e existem 270 casos confirmados de microcefalia em bebês.
Existem alguns países da América Latina que
preferem não recomendar às mulheres que evitem engravidar. Porém a Colômbia, El
Salvador e Jamaica fizeram a, pelo menos até Junho de 2016. Segundo seus
governos, é melhor que sejam adiados os planos de gestação até que haja maior
clareza sobre os riscos do zika vírus.
Em novembro, o diretor do Departamento de
Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio
Maierovitch, chegou a aconselhar as mulheres a não engravidarem, mas o
ministério emitiu nota desmentindo que essa fosse uma recomendação oficial.
Não se pode generalizar que o Zika vírus seja o
único responsável pela microcefalia. A microcefalia pode ser causada por outras
causas, como impactos ambientais, metais pesados, herbicidas, pesticidas,
síndromes genéticas, infecções, álcool, drogas, vacinas. E esses podem ser responsáveis
na má-formação, visto que já houve surtos de zika anteriormente, mas sem casos
de microcefalia.
·
Cuidados na
Gestação:
Cuidados com a saúde devem ser diários. No período da
gravidez, essa atenção com a saúde deve ser redobrada. A gestante deve ser
acompanhada em consultas de pré-natal; realizar todos os exames recomendados
pelo médico; não consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de droga; e não
usar medicamentos sem orientação médica.
Ultimamente, a preocupação com o mosquito Aedes aegypti, que
transmite a dengue, a febre chikungunya e também o vírus Zika, aumentou. O
Ministério da Saúde está investigando o nascimento de bebês com microcefalia relacionada
ao vírus Zika. Por isso, alguns cuidados, que já devem fazer parte da
rotina da população, precisam ser aumentados:
Ø Aplicar Repelente
O repelente ajuda a manter o mosquito
longe, evitando picadas, mas é importante lembrar que o produto deve ser
reaplicado a cada 6 horas para que seu efeito seja mantido e deve conter uma
substância chamada DEET.
Ø Evitar água parada
Evitar o acúmulo de água parada previne a reprodução do
mosquito da dengue e do zika vírus, pois ele precisa de água para colocar seus
ovos e produzir as larvas.
Assim, devem-se retirar entulhos do quintal ou de terrenos
vizinhos abandonados, virar garrafas vazias e baldes para baixo, limpar calhas
e canos de 2 a 3 vezes por semana, cobrir caixas d’água e piscinas e varrer a
água parada acumulada no quintal ou na rua.
Outro cuidado é manter tudo sempre muito bem limpo, lavando
com água e sabão, porque os ovos do Aedes podem resistir por um ano num local
seco, somente à espera de uma quantidade mínima de água, como encontrada na
tampinha de uma garrafa, para poder iniciar sua transformação em larva e
mosquito.
Ø Cobrir os vasos de plantas com areia
Vasos de plantas acumulam água e são ótimos locais para o
mosquito se desenvolver. Assim, deve-se colocar terra nos pratos que ficam embaixo
dos vasos, pois a mesma manterá a umidade para a planta e evitará a reprodução
do mosquito.
Além das plantas, é necessário lavar diariamente os
recipientes de comida de animais domésticos, que normalmente ficam no quintal e
acumulam água.
Ø Colocar telas em janelas e portas
Colocar telas em janelas e portas é importante para impedir
a entrada do mosquito em casa, evitando que ele se prolifere no lixo da
cozinha. No entanto, essa medida apenas ajuda a lutar contra o mosquito.
Ø Cuidar do lixo
O lixo de casa pode acumular água e favorecer o crescimento
do Aedes aegypt, por
isso é importante fechar bem os sacos plásticos e colocar o lixo na rua apenas
nos dias de coleta pelo caminhão do lixo. Deve-se evitar também o acúmulo de
material de construção, pneus ou quaisquer objetos no quintal, pois eles também
podem acumular água e assim abrigar as larvas do mosquito.
Ø Usar preservativo como prevenção
Se o parceiro apresentar os sintomas de Zika é recomendado
usar a camisinha em todas as relações sexuais, porque o vírus também está
presente no sêmen e pode contaminar a mulher.
·
Aleitamento
materno
Como não há evidência científica que demonstre a transmissão
do vírus Zika pelo leite materno, o Ministério da Saúde recomenda que seja
mantido o aleitamento materno contínuo até os dois anos ou mais, sendo
exclusivo nos primeiros seis meses de vida. O aleitamento materno é a
estratégia isolada que mais previne mortes infantis, além de promover a saúde
física, mental e psíquica da criança e da mulher que amamenta.
·
Medidas dos países vizinhos
As autoridades americanas, por
exemplo, pediram que as grávidas não viajassem para 14 dos 20 países da América
Latina e Caribe onde havia casos de zika vírus.
O ministério da Saúde da Jamaica
foi além e sugeriu que as mulheres do país adiassem os planos de engravidar, na
medida do possível, pelos próximos 6 a 12 meses.
Já a Argentina pediu que as
medidas de prevenção fossem reforçadas por parte das grávidas, especialmente as
que estivessem nas áreas mais afetadas do país.
A Organização Mundial da Saúde
afirmou que o vírus zika pode se espalhar por todos os países da região.
No Brasil, até o momento há 3.893
casos de microcefalia relacionados ao zika em 21 Estados. Segundo o último
boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, desses casos, 1.306 estão em
Pernambuco, primeiro Estado a identificar o aumento do problema, onde foi
decretado o estado de emergência desde novembro de 2015.
Em segundo está a Paraíba, com
665 casos, e em terceiro a Bahia, com 496 ocorrências.
Ministério da Saúde
recomenda que as gestantes façam todos os exames, informem o médico sobre
qualquer alteração durante a gestação e principalmente reforcem a prevenção
contra o mosquito.
·
E as mulheres
que estão tentando engravidar...
As mulheres que vivem em áreas endêmicas devem hesitar em
engravidar nesse momento até que as medidas sejam tomadas no sentido de reduzir
o número de mosquitos. Já as mulheres grávidas nessas áreas devem tomar as
providências para se protegerem ao máximo da picada do mosquito, segundo
médicos da área. Por cautela, pelo menos por enquanto, também é melhor que as
grávidas que estejam com passagens marcadas para áreas endêmicas desmarquem a
viagem.
Fonte: Ministério da Saúde / Portal Brasil