Engravidar é uma escolha
muito pessoal. Está meio que no instinto da mulher querer ser mãe, não digo que
seja um ideal de todas as mulheres.
Atualmente já existem
muitas mulheres que optam por não terem filhos, umas são solteiras ... bem
resolvidas financeiramente e emocionalmente, outras são até casadas ... mas
escolhem ter uma vida exclusiva de casal sem filhos.
No meu caso conheci meu
marido cedo, depois fomos morar juntos, o tempo passou, posso dizer que ficamos
praticamente juntos em torno de quinze anos entre namoro e casamento sem
filhos. Tínhamos uma vida tranquila e equilibrada em todos os sentidos.
Porém com a vinda de um
filho tudo muda, é preciso se doar literalmente, você doa sua vez, seu tempo,
suas vontades. Os pais podem dizer que não deixam de fazer o querem só por ter
filhos, mas internamente sabemos que deixamos.
Quando o bebê nasce, o pai
não deixa de dormir pra atender a um choro do bebê? Se quer sair e não tem com
quem deixar, ele não acaba por ficar em casa? E quando a criança pede pra ir a
um lugar e o pai quer ir a outro? E aquele cineminha à noite pesa só de pensar
em deixar o pequeno em casa, mesmo que seja com os avós. E quando você vai a um
lugar que não tem comida pra criança, só para os pais, é claro que você escolhe
ir a outro lugar.
Depois que nos tornamos
mães / pais não há como não deixar de fazer nada pelo seu filho.
Quando digo que ser mãe é
descobrir o verdadeiro altruísmo, digo por que acima de tudo é uma doação.
Tem que pensar se
realmente está preparado para isso, afinal você deixa de fazer coisas e ir a
lugares que se gosta. Por isso que existe a escolha de ter ou não ter filhos.
Sem contar na preocupação para a vida toda, mesmo que ele já esteja adulto e
saiba se manter sozinho.
Quanto ao surto que está
tendo, é um caso especial de não dizer não quero ter filhos, mas sim de apenas
adiar o nascimento de um bebê.
Se a mulher ainda mora em
uma região que não tenha sido tão afetada, talvez o risco seja menor. Em
lugares como no Nordeste, em áreas mais afetadas como Pernambuco, com o risco maior
é normal que se queira adiar a gravidez.
Às vezes a vontade pode
ser imensa em ter um filho, mas se existe a preocupação do Zika, a mulher pense
em adiar seu desejo. Veja que mesmo que inconscientemente, a futura mãe já está
pensando nos males que este vírus pode trazer a seu filho, e se resolver
postergar este sonho será para protegê-lo.
Mas realmente esta é uma
decisão muito pessoal, adiar ou não, ter ou não ter. Por isso que é até mesmo
complicado que esta decisão seja determinada por um terceiro. Como ocorreu por
governantes na Colômbia.
Espero
que cada mulher, futura mãe tome a sua decisão acertadamente, e pense no bebê.
Pois além de realizarmos nossas vontades, sonhos, devemos priorizar o bem
estar, saúde deste pequeno ser que vem para este mundo tão grande e incerto em que
vivemos.
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