sábado, 20 de fevereiro de 2016

COMO EVITAR O ZIKA VIRUS NA GRAVIDEZ

Segundo o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde são 3.448 casos que estão sendo investigados e existem 270 casos confirmados de microcefalia em bebês.

Existem alguns países da América Latina que preferem não recomendar às mulheres que evitem engravidar. Porém a Colômbia, El Salvador e Jamaica fizeram a, pelo menos até Junho de 2016. Segundo seus governos, é melhor que sejam adiados os planos de gestação até que haja maior clareza sobre os riscos do zika vírus.

Em novembro, o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, chegou a aconselhar as mulheres a não engravidarem, mas o ministério emitiu nota desmentindo que essa fosse uma recomendação oficial.

Não se pode generalizar que o Zika vírus seja o único responsável pela microcefalia. A microcefalia pode ser causada por outras causas, como impactos ambientais, metais pesados, herbicidas, pesticidas, síndromes genéticas, infecções, álcool, drogas, vacinas. E esses podem ser responsáveis na má-formação, visto que já houve surtos de zika anteriormente, mas sem casos de microcefalia.

·         Cuidados na Gestação:
Cuidados com a saúde devem ser diários. No período da gravidez, essa atenção com a saúde deve ser redobrada. A gestante deve ser acompanhada em consultas de pré-natal; realizar todos os exames recomendados pelo médico; não consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de droga; e não usar medicamentos sem orientação médica.
Ultimamente, a preocupação com o mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, a febre chikungunya e também o vírus Zika, aumentou. O Ministério da Saúde está investigando o nascimento de bebês com microcefalia relacionada ao vírus Zika. Por isso, alguns cuidados, que já devem fazer parte da rotina da população, precisam ser aumentados:
Ø  Aplicar Repelente
O repelente ajuda a manter o mosquito longe, evitando picadas, mas é importante lembrar que o produto deve ser reaplicado a cada 6 horas para que seu efeito seja mantido e deve conter uma substância chamada DEET.

Ø  Evitar água parada

Evitar o acúmulo de água parada previne a reprodução do mosquito da dengue e do zika vírus, pois ele precisa de água para colocar seus ovos e produzir as larvas.
Assim, devem-se retirar entulhos do quintal ou de terrenos vizinhos abandonados, virar garrafas vazias e baldes para baixo, limpar calhas e canos de 2 a 3 vezes por semana, cobrir caixas d’água e piscinas e varrer a água parada acumulada no quintal ou na rua.
Outro cuidado é manter tudo sempre muito bem limpo, lavando com água e sabão, porque os ovos do Aedes podem resistir por um ano num local seco, somente à espera de uma quantidade mínima de água, como encontrada na tampinha de uma garrafa, para poder iniciar sua transformação em larva e mosquito.

Ø  Cobrir os vasos de plantas com areia

Vasos de plantas acumulam água e são ótimos locais para o mosquito se desenvolver. Assim, deve-se colocar terra nos pratos que ficam embaixo dos vasos, pois a mesma manterá a umidade para a planta e evitará a reprodução do mosquito.
Além das plantas, é necessário lavar diariamente os recipientes de comida de animais domésticos, que normalmente ficam no quintal e acumulam água.

Ø  Colocar telas em janelas e portas

Colocar telas em janelas e portas é importante para impedir a entrada do mosquito em casa, evitando que ele se prolifere no lixo da cozinha. No entanto, essa medida apenas ajuda a lutar contra o mosquito.

Ø  Cuidar do lixo

O lixo de casa pode acumular água e favorecer o crescimento do Aedes aegypt, por isso é importante fechar bem os sacos plásticos e colocar o lixo na rua apenas nos dias de coleta pelo caminhão do lixo. Deve-se evitar também o acúmulo de material de construção, pneus ou quaisquer objetos no quintal, pois eles também podem acumular água e assim abrigar as larvas do mosquito.

Ø  Usar preservativo como prevenção

Se o parceiro apresentar os sintomas de Zika é recomendado usar a camisinha em todas as relações sexuais, porque o vírus também está presente no sêmen e pode contaminar a mulher.

 

·         Aleitamento materno

Como não há evidência científica que demonstre a transmissão do vírus Zika pelo leite materno, o Ministério da Saúde recomenda que seja mantido o aleitamento materno contínuo até os dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses de vida. O aleitamento materno é a estratégia isolada que mais previne mortes infantis, além de promover a saúde física, mental e psíquica da criança e da mulher que amamenta.
Da mesma forma, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças(CDC), dos Estados Unidos da América, também recomenda a manutenção da amamentação neste caso.
·         Medidas dos países vizinhos
As autoridades americanas, por exemplo, pediram que as grávidas não viajassem para 14 dos 20 países da América Latina e Caribe onde havia casos de zika vírus.
O ministério da Saúde da Jamaica foi além e sugeriu que as mulheres do país adiassem os planos de engravidar, na medida do possível, pelos próximos 6 a 12 meses.
Já a Argentina pediu que as medidas de prevenção fossem reforçadas por parte das grávidas, especialmente as que estivessem nas áreas mais afetadas do país.
A Organização Mundial da Saúde afirmou que o vírus zika pode se espalhar por todos os países da região.
No Brasil, até o momento há 3.893 casos de microcefalia relacionados ao zika em 21 Estados. Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, desses casos, 1.306 estão em Pernambuco, primeiro Estado a identificar o aumento do problema, onde foi decretado o estado de emergência desde novembro de 2015.
Em segundo está a Paraíba, com 665 casos, e em terceiro a Bahia, com 496 ocorrências.
Ministério da Saúde recomenda que as gestantes façam todos os exames, informem o médico sobre qualquer alteração durante a gestação e principalmente reforcem a prevenção contra o mosquito.
·         E as mulheres que estão tentando engravidar...
As mulheres que vivem em áreas endêmicas devem hesitar em engravidar nesse momento até que as medidas sejam tomadas no sentido de reduzir o número de mosquitos. Já as mulheres grávidas nessas áreas devem tomar as providências para se protegerem ao máximo da picada do mosquito, segundo médicos da área. Por cautela, pelo menos por enquanto, também é melhor que as grávidas que estejam com passagens marcadas para áreas endêmicas desmarquem a viagem.

Fonte: Ministério da Saúde / Portal Brasil

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