quinta-feira, 21 de abril de 2016

MORDIDA NA ESCOLA

A escolinha é um ótimo meio de estimulação para as crianças, mas mesmo que a escola tenha um projeto pedagógico de qualidade, ainda pode ter problemas de socialização com as crianças.

Não são somente os adultos que possuem problemas com socialização, os pequenos também. 

Seja por enfrentarem algum problema em casa, falta de atenção, ou por terem uma personalidade mais agressiva que outros, algumas professoras apontam como meio de defesa.

Acontecem muitos casos de uma criança tomar o brinquedo da outra e acabar sendo mordida, este é um caso de autodefesa, ou morder o amiguinho porque ele fez uma brincadeira com o coleguinha e o mesmo não gostou.

Claro que isso não justifica, mas é comum ocorrer essas indesejáveis mordidas na escola, ou entre amigos da mesma idade.

Cabe a nós adultos estarem atentos para que isso não aconteça, toda a atenção deve ser redobrada.

Quando coloquei meu filho na escolinha pela segunda vez, ele estava com quase dois anos, estava indo muito bem, desenvolvendo a fala, a coordenação motora fina, aprendendo a se relacionar com os amigos, enfim tudo parecia ir bem, mas certo dia ao ir busca-lo na escola não o vi, a professora logo veio ao meu encontro, percebi que tinha ocorrido algo.

Informou-me que meu filho havia sido mordido, por conta de ele pegar um brinquedo que estava com o amigo, o amigo não gostou e o mordeu. Então me trouxe ele, que estava recebendo massagem na bochecha (local da mordida) de outra professora.

Minha reação a princípio não foi nada boa, senti um senso de reprovação, e como as professoras não conseguiram impedir, logo pensei se este amiguinho estava tendo algum problema em casa.

A professora me informou que as crianças tendem a se defender, e ele não havia se defendido, mas acabara de entrar na escola como iria se defender, estava em um ambiente novo com estranhos até então se adaptando a nova situação, aos novos amigos, era normal ainda não fazer nada.

Estava tão furiosa que fui direto à Coordenação da Escola reclamar, exigi que a mãe do aluno fosse comunicada sobre o fato. E que ao ocorrer um caso desses, o pai da criança deveria sempre ser informado.

Ao chegar em casa, mesmo meu filho tendo dois anos e alguns meses, conversei bastante com ele, que ele deveria se defender, não morder o amigo como forma de “pagar na mesma moeda”, mas que deveria colocar a mão na frente do rosto ou braço como defesa e sempre chamar a professora, e reforcei esta informação na agenda da escola sobre a importância do diálogo com as crianças na escola, e uma aula com o intuito de mostrar à criança a importância de aprender a dividir brinquedos ou qualquer outro objeto com o amigo. É comum também nesta idade o sentimento de posse. Sentimento este que deve ser trabalhado na convivência com os pais em casa.

Pensei que após este episódio e mediante minhas pontuações, tão cedo não teria mais este tipo de problema. Não foi o que aconteceu, meu filho voltou a ser mordido mais uma vez em um dia de festa na escola, depois veio com um hematoma em casa e parecia ser outro caso de mordida, após mais um tempo me contou que um amiguinho queria morde-lo, e neste dia eu mesma presenciei ao ir busca-lo na escola que o amiguinho insinuava morde-lo.

E eu sempre reforçando meu desconforto de mãe com relação a essas mordidas, não havia um meio de bloquear essas crianças tão pequenas e com atitudes tão agressivas?

Passei a conversar bastante com meu filho que ele teria que aprender a se defender e chamar a professora no mesmo instante do fato.

Logo uma professora havia me tranquilizado dizendo que não havia mais casos de mordida, pois ela estava acompanhando de perto essas crianças. Foi quando no dia seguinte ao chegar à escola para busca-lo, ela veio apreensiva me contar que meu filho havia sido machucado.

Ao perguntar o que houve, ela me informou que ele havia sido mordido, porém agora tinha sido no braço, indignada eu disse “mas de novo?”, devo ter repetido isso umas três vezes.

Bom peguei na mão dele e fomos embora, ao chegar em casa quando fui olhar seu braço ... não era uma simples mordida leve, era um hematoma exatamente com o formato da boca do menino e arroxeado, fiquei ainda mais horrorizada.

No dia seguinte sabia que teria que tomar uma providência, informei a professora responsável pela turma que precisava conversar com ela, ela me ligou. Foi quando disse todos os pontos que me incomodavam com relação a este assunto, pontuei principalmente sobre a falta de atenção. Entende-se que crianças pequenas devem ser constantemente monitoradas, afinal estão sempre aprontando. Frisei que essas crianças não podem ficar sozinhas de forma alguma, se uma professora sai pra lanche / café / banheiro a outra tem que ficar olhando, é importante este cuidado / atenção com eles. Até mesmo pra evitarem maiores acidentes.

Espero que após a longa conversa que tive isso não volte a acontecer, a escola possui um projeto pedagógico muito bom, mas peca na atenção com as crianças, não posso pensar que meu filho não será mordido novamente, mas espero que tenham maior atenção com eles, e que os pais da criança sejam devidamente notificados, pois assim como pode ser uma mordida de autodefesa, pode ser também um caso em particular de uma situação de estresse que a criança esteja enfrentando em casa, mesmo tão pequenos já conseguem de uma forma ou de outra expressarem suas emoções.

E a criança que tem uma característica mais maleável, que não revide, “bonzinho” não pode virar alvo dos mais agressivos, isso não. Deve-se eliminar esta tendência de pequeno, a criança deve aprender desde muito cedo a respeitar o próximo. E levar este ensinamento para a vida adulta, de forma que as crianças de hoje possam ser adultos melhores que os atuais no dia de amanhã.




sexta-feira, 15 de abril de 2016

É POSSÍVEL FICAR EM FORMA APÓS A GESTAÇÃO

Quando fiquei sabendo que estava grávida, imaginei ao longo de alguns meses como estaria meu corpo.

Mediante isso já fui me preparando para ter uma gestação saudável. E tentar manter meu peso o mais ideal possível, sem engordar muito.

Continuei fazendo minhas atividades físicas, após o quinto mês de gestação foquei praticamente na hidroginástica.

Na gestação inteira engordei praticamente 7 quilos e meio.

Após o nascimento do meu filho, acabei emagrecendo bastante, boa parte foi por conta da amamentação, amamentei até meu filho completar 2 anos e 3 meses, o máximo que pude.

Eu costumava ir no horário de almoço para amamentar meu pequeno, fiz essa trajetória durante uns 6 meses, após este período, como meu filho passou a ficar em casa com a babá e tinha mais cuidados do que na escola, parei de ir no horário do almoço amamenta-lo, amamentava apenas à noite.

Então, resolvi a começar a voltar minha rotina ao normal. Meu filho estava com quase um ano e meio.

Foi quando pensei se conseguia amamentar meu filho no horário do almoço do trabalho, porque não voltar a fazer uma atividade física durante este horário.

Só estaria trocando a rotina, e como sempre fui adepta de praticar atividade física e a academia era justamente do lado do meu trabalho. Resolvi unir o útil ao agradável.

Retornei para a academia em que eu já frequentava mesmo antes da gestação.

Num espaço curto de uma hora é possível praticar atividades diárias, faço um trabalho de treinamento funcional, o resultado é muito bom, com a ajuda de um profissional qualificado.

Até hoje faço, são todos os dias de segunda a sexta. Para mim trata-se de uma atividade prazerosa, ajuda a tirar o estresse também, alivia várias tensões do dia a dia e da agitação da vida moderna.

Após um ano meu corpo já havia melhorado bastante, o que houve foi que durante o período que me afastei da academia, tive uma queda abrupta dos músculos, com isso veio a flacidez, contudo com a volta consegui tonificar meus músculos novamente.

Hoje tenho menos massa muscular que antes, estou menos forte, mas com o corpo mais firme, me sinto bem melhor. Meu peso está na medida certa, consegui voltar a forma que eu queria.

Por isso às mamães que querem engravidar, que já engravidaram ou às que seus filhos já nasceram, voltem aos poucos à sua rotina, é possível, sempre é possível fazermos um sacrifício para voltarmos a fazer o que gostamos.

No meu caso, como meu filho ainda é pequeno e requer bastante atenção, resolvi fazer academia em um horário que não atrapalharia minha rotina à noite. Preferi ir no horário do almoço todos os dias, assim à noite sairia do trabalho para busca-lo na escola, chegar em casa preparar a janta, arrumar a casa e brincar com meu pequeno, dar-lhe banho e coloca-lo pra dormir. Enfim não atrapalharia na rotina noturna.

Ainda ouço comentários na academia “como pode uma mãe ter um corpo torneado, com um filho ou mais”. E vejo muitas mães com um corpo invejável.

Hoje as mães têm corpos bonitos, conseguem voltar a forma física, são vaidosas e capazes de mesmo depois de duras tarefas ainda se sentirem bonitas.

As mamães que nem parecem que tem filhos, são uma realidade de que não é por serem mães que deixarão de viver suas vidas, e de se cuidarem pra continuarem se sentindo jovens e elegantes.


segunda-feira, 11 de abril de 2016

A FALA DA CRIANÇA

Aos oito meses meu filho falou a primeira palavra, “mamãe”, me senti tão orgulhosa, até por ser esta a palavra.

Nesta época, ele já frequentava a escolinha. Muitas pessoas falam que criança que frequenta escolinha fala antes, fala mais rápido, posso dizer que nem sempre é assim, isso varia de criança para criança.

Existem crianças em casa que também falam precocemente, algumas por terem contato com outras crianças ou por terem mais facilidade mesmo ou até serem mais estimuladas pelos pais. É que nem sempre o estímulo em casa seja suficiente.

Após esta palavrinha, acreditava que meu filho falaria logo, foi um entusiasmo de mãe.

O pai também achava que logo o filho falaria “papai”, todo dia ele chegava do trabalho e esperava que o filho falasse a palavrinha mágica, mas demorou, passou praticamente um ano pra ele falar papai.

E praticamente aos 2 anos e 7 meses para ele realmente soltar a voz.

Ele entrou na escolinha com 5 meses e meio, ficou na escola por 6 meses, após um período de tratamento de pneumonia, resolvi deixa-lo em casa por mais um ano, após esse tempo, coloquei ele novamente na escolinha, agora mais resistente, e também com bastante energia para gastar na escola.

A escolinha realmente foi fundamental no desenvolvimento da fala. Ele começou a desenvolver a fala muito mais rápido do que apenas em casa, por exemplo.

Como meu pequeno é filho único, não possui sobrinhos da mesma idade, nem vizinhos com a mesma faixa etária, acabava não tendo contato com outras crianças. Neste caso a escola é importante na formação, no convívio com outras crianças, no aprendizado em saber dividir os brinquedos, a atenção das pessoas.

Afinal filho único, por mais que os educadores e psicólogos falem que os pais devem evitar mimar o filho, mesmo assim os pais acabam dando atenção além do comum, então o pai/mãe mesmo que involuntariamente acaba exagerando na e nos mimos, seja emocional ou material.
Tanto que algumas pessoas afirmam: “não quer mimar um filho, tenha outro”.

No meu caso, um filho está de bom tamanho, afinal nem um consigo dar tudo o que tenho vontade, isso digo não somente em bens material, mas também emocional, gostaria de poder ficar mais tempo com ele, mas trabalho durante o dia, por isso a necessidade de deixa-lo período integral na escolinha.

Essa situação é de muitas mães que precisam trabalhar, em busca de darem um futuro melhor para seus filhos.

Este convívio com outras crianças da mesma idade serve de estímulo para desenvolverem mais habilidades, uma delas é a linguagem.

Hoje meu filho fala de tudo, ainda com a fala meio enrolado, mas nada que uma mãe não entenda.

O pai até conta com a ajuda da mãe como tradutora. Nesta idade é comum a criança ainda falar meio enrolado, com as palavras juntadas ou ainda a falta da pronúncia completa das palavras. Essa formação vai concluir até os 5 anos.

Por isso não temos que forçar a criança a falar, isso é um ato natural, que vai se desenrolando com os meses, anos, varia de criança para a criança. E até mesmo com a personalidade da criança. Afinal assim como os adultos uns falam mais que outros, um é diferente do outro, o mesmo vale para as crianças.

Cada uma tem seu ponto forte, e seu tempo, para se desenvolver, andar, falar. Não cabe aos pais apressarem, temos que deixa-los naturalmente terem seu próprio tempo.

Então não se deixe levar pela cobrança dos tios, tias, e nem pelos vizinhos, o porquê seu filho não fala ainda, é super natural, não se atormente com isso mães, deixe-o a vontade.

Hoje com meu filho falando de tudo, vejo que trata-se de uma ansiedade desnecessária. O melhor é evita-la, e passar confiança ao seu pequeno.