sábado, 13 de fevereiro de 2016

O CUIDADO COM O RECÉM-NASCIDO

O que dizer do sistema imunológico de um recém-nascido, se devemos expor eles a qualquer tipo de ambiente e contato com pessoas, ou privá-los?


Lembro-me quando meu filho nasceu, havia lido tanto a respeito dos cuidados com recém-nascidos, na minha leitura deveria evitar contato com pessoas, principalmente se estivessem doentes, como gripe, tosse, virose etc., já imaginava a transmissão de germes para meu pequeno e isso me gerava certa preocupação.

Ah e a questão do beijo, é comum estranhos verem um recém-nascido e quererem beijá-lo, mas fazem isso porque realmente o bebê tem uma cor saudável, umas bochechas bem convidativas.
E quando as pessoas vinham fazer isso, eu me desesperava, não via a hora de tirar meu filho das mãos de quem o pegava e tascava-lhe um beijo.

Não sei se eu havia absorvido tantas informações a respeito de crianças doentes, que cheguei a ficar com trauma só de pensar de meu ficar doente.

Mas todos os meus cuidados, e também como evitei os 3 primeiros meses de sair de casa, para que evitasse dele ter contato com pó, poluição, pessoas com gripe, enfim evitei todo o tipo de transmissão de vírus ou bactéria.

Acredito que talvez tenha até exagerado.

Enfim, durante os 5,5 mês ele não pegou sequer uma gripe, mas tive que colocá-lo na escola, pois precisei voltar a trabalhar.

Este foi um momento difícil, já que havia passado os 6 meses de licença e eu já tinha que retornar ao trabalho, quase entrei em pane quando pensei em deixar meu filho num local estranho, sem nenhum conhecido e pior ele era alérgico a proteína do leite, ou seja, ele estava habituado em determinados horários a mamar no peito.

E como seria sem eu estar por perto,

Mas enfim, teria que saber passar esta transição.

Pois bem, voltei a trabalhar e deixava-o na escola todos os dias, e como já havia lido também a respeito de crianças que começam a frequentar escolinha ficam doentes, comigo não foi diferente ... meu filho ficou e muito doente.

Começou com gripe, depois veio a tosse, logo viroses, começo de pneumonia, conjuntivite. Teve uma época em que eu me dirigia ao trabalho e não sabia a que momento teria que sair correndo por conta de febre do pequeno.

À noite então, começou a serem constantes as idas ao Pronto Socorro. Buscava-o na escola e ia direto ao hospital.

Até que certo dia levei um susto, levei-o na consulta de rotina do pediatra e como estava com muita tosse, o médico pediu pra tirar um Raio-X do pulmão, então resolvi leva-lo novamente no Pronto Socorro e quando levei um susto, estava com Pneumonia, mas não estava no início como anteriormente, estava com uma mancha no pulmão, não teve jeito, o médico pediu a internação.

Quase tive um surto. Jamais havia imaginado internar meu pequeno.

Foi uma semana de muita preocupação. Mas com os ótimos cuidados médicos ele teve uma ótima recuperação.

Depois de toda esta fase, voltei ao pediatra para uma nova avaliação, ele estava bem, mas o peso e altura não acompanhavam o das outras crianças da sua idade. A tão conhecida “curva de crescimento”.

Ele me aconselhou a tirar meu filho da escola. E conscientemente foi o que fiz. No início tive muita dificuldade em achar uma Babá, contatei várias berçaristas que haviam ficado com ele na escola, conhecidos, e finalmente encontrei uma moça que havia se desligado da escolinha onde ele estava, e ela começou a ficar com ele.

Então durante um ano resolvi deixa-lo em casa, conforme orientações médicas, para tentar recuperar altura/peso.

Ele ainda é menor que os outros amiguinhos da escola, mas recuperou bem o peso, a altura também, e até a alergia do leite passou. Voltou a frequentar a escolinha, coloquei em outra, mas está muito bem adaptado desta vez.

Com 2,8 anos a criança já está bem mais resistente, mas ele faz de tudo, adora um chão, coloca a mão em tudo que é sujeira, sem contar que deixa cair comida no chão e depois coloca na boca. Nem adianta tentar impedir, que ele vai e faz novamente.

Depois disso tudo que passei, penso se realmente foi bom ter tantos cuidados quando ele era recém-nascido, porque a minha preocupação em protegê-lo era extrema, e no final percebi que faz parte o contato com pessoas, sair com o bebê, receber um ar, mesmo que não seja tão puro. Afinal vivemos em grandes metrópoles, não tem muito como fugir da poluição.

Tem também a questão da escola, mas este assunto comentarei adiante.

Mas vale a reflexão: como viemos ao mundo, vamos fazer parte dele.



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