quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

O CHORO DO BEBÊ

Quando recebi alta do hospital, após dois dias de internação. Entregaram-me meu pequeno, explanaram algumas dúvidas de amamentação, banho e então lá estava eu com a responsabilidade de levar aquele ser tão indefeso para casa.

A saída do hospital para a casa foi um tanto desconfortável, eram várias as dúvidas.

A começar em coloca-lo no Bebê Conforto. Contamos com a ajuda do manobrista do estacionamento do hospital. Aquele ser que acabara de nascer era tão pequeno, que parecia sumir naquela cadeirinha. Tive que encostá-lo em uma manta para melhor acomodação.

Eu sentia certo desconforto ainda com a recente cirurgia, os pontos, o mal estar me acompanharia ainda durante o tempo de recuperação.

Enfim, chegamos em casa, a sensação foi de que uma nova vida se iniciaria a partir daquele momento.

Seria um aprendizado constante, como dar a comida, o banho, trocar fralda, entender as necessidades básicas do bebê.

Já havia lido que o choro do bebê era a melhor forma dele se comunicar, só deveria aprender a entender seu choro.

O choro poderia ser fome, sede, dor de barriga, sono, xixi/coco.

A partir disso passei a ter vários momentos de choro.

Ele chorava constantemente, na maior parte das vezes considerava fome, então dava de mama constantemente, durante o dia e à noite. O correto seria dar de mama de 3h em 3h, mas com o choro prolongado acabava dando com maior frequência.

À noite era o momento da dificuldade do sono. Para dormir colocávamos canções de ninar, mas costumava dar de mama logo após o banho. Com o passar do tempo até passou a funcionar esta técnica, que aplicamos por várias vezes.

Mas no inicio ele não parava de chorar, chorava praticamente a noite inteira, era uma mamada, trocava a fralda e colocava no berço ... acalmava, mas logo chorava novamente, e assim começava tudo de novo.

O primeiro mês foi o mais dificultoso, aos poucos o tempo de sono foi se prolongando.

Mas posso afirmar que fiquei durante um ano, sem ter um sono ininterrupto. Somente depois desse período que ele começou a dormir a noite sem acordar.

No primeiro mês, ele chorava bastante, então mal dormia, era uma rotina de mamada, troca de fralda, ninada.

Depois foi acordando em intervalos maiores, e quando passou a acordar apenas uma vez por noite, já me dei por satisfeita.

Para ajudar a dormir, o colocava no bebê conforto e balançava várias vezes, como uma cadeira de balanço, colocava uma música instrumental até ele dormir, e claro antes disso já havia dado um banho morno e o mama sagrado.

No inicio foi tão sacrificante, que chegamos a embrulhá-lo em uma pequena manta para ver se ele sentia-se mais protegido e assim dormisse. Esse embrulho era de forma a emitar o bebê na barriga da mãe, em que ele ficava na posição fetal.

Mas se esta é a forma de expressão dos bebês, que deixem eles se expressarem. E os pais que comecem a entender seus filhos, desde bebês.


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