Neste final de semana,
estava um domingo ensolarado, como de costume, levei meu filho ao Parque.
Ele gosta de ir ao parque
já que tem balanço, gangorra, escorregador, casa de madeira, um lindo gramado.
No parque ele havia ido
apenas ao balanço, que por sinal, ele adora.
Após descer havia me
falado que queria fazer xixi, então pedi pra ele esperar ao meu lado, enquanto
eu pegava a bolsa próxima do seu triciclo, meu marido estava ao lado.
Não sei como explicar, foi
apenas um minuto e o menino havia sumido de nossas vistas.
Comecei a procura-lo,
chamar seu nome, mas no parque havia muitas crianças com seus pais, ou seja,
estava cheio.
Olhava por um lado,
próximo à casa de madeira em que estávamos e nada, olhei brevemente próximo ao
banheiro e nada. Meu marido também deu uma olhada, e procurou não sair muito de
onde estávamos de modo a não mudarmos do local do ocorrido.
Por um momento pensei “não
vou me desesperar”, mas olhei de um lado, de outro e absolutamente nada, nem
sinal.
Foi inevitável, começou a
bater um desespero, pois não o via em lugar nenhum, comecei a realmente ficar
agoniada, comecei a chorar e falar “onde está meu filho?”.
Foi quando meu marido
percebeu meu desespero, e me falou vai ver se ele não está no banheiro.
Resolvi ir pra lá, já com
as pernas trêmulas e coração palpitando, o encontrei próximo ao banheiro,
brincando com o matinho ao redor.
Ele me olhou todo
sorridente, como se estivesse me esperando. E ainda muito tensa, o peguei e
levei ao banheiro.
Agradeci literalmente por tê-lo
encontrado, e pensei por um momento, que se meu filho sumisse eu não saberia o
que fazer, eu morreria, no meio de tantos pais e crianças como eu faria para procura-lo,
num ambiente tão aberto e extenso e sem policiais para pedir ajuda. Um menino
pequeno, com apenas 3 anos, que fala, mas ainda não tem a malicia de um adulto
mal intencionado.
Por uma ora, refleti sobre
a dor da perda de um filho, a dor dos pais que tem filhos desaparecidos, e que
por muitas vezes não conseguem encontra-los, seja pelo tráfico infantil, e por
outros motivos adversos.
Eu jamais imaginei como
seria ir pra casa sem meu filho, então pensei nos pais que por fatalidades
passaram e passam por isso. O sentimento é inexplicável, é pavoroso.
Aqui vai meu sentimento de
força a esses pais, por mais difícil que seja não percam a esperança, se é difícil
viver sem eles, pensem em viver para tê-los de volta.
E pais, não se culpem ...
meu filho estava na minha frente, foi apenas um minuto que agachei para pegar a
bolsa, e ele desapareceu da minha vista, correu rapidamente.
E
se foi um aviso, vou agarra-lo mais que nunca, e não deixa-lo um minuto longe
de minha visão, por experiência própria, eu senti por pouco tempo (agradeço por
ter sido pouco tempo) o que é perder um filho.
Pais vigiem seus filhos, e
mesmo que eles te achem chatos, sejam chatos, garanto que será para o bem
deles, no final eles nos agradecerão.