sábado, 5 de março de 2016

PNEUMONIA EM BEBÊ

Na época em que meu filho começou a ficar muito doente, por volta de um ano de idade, ele já frequentava a escolinha, havia iniciado aos 5 meses e meio.

Eram constantes as gripes, a coriza, as tosses. Isso até que parece normal, mas as tosses são perigosas, quando o peito está cheio a mamãe já tem que ficar com sinal de alerta.

Num dia de consulta de rotina, pra variar, meu filho estava com uma tosse que perdurava por 3 semanas, já havia tomado todo tipo de remédio, inalação, mas a tosse não sumia.

Foi quando o pediatra escutou os pulmões dele e disse que o peito estava cheio, e a tosse era preocupante. Solicitou-me que tirasse um Raio-X do pulmão e levasse para que ele avaliasse melhor.

No mesmo dia resolvi leva-lo no Pronto Socorro que costumava ir, falei que era uma solicitação do pediatra. Pois bem, tiraram o Raio-X, o médico chamou os pais, e neste instante levei um tremendo susto.

O médico disse que não iria liberá-lo, pois no Raio-X havia uma mancha no pulmão, que seria a pneumonia. E que ele deveria ser internado para tratamento.

A princípio fiquei apavorada, nunca imaginamos que o nosso filho pudesse ficar internado, sempre pensamos no filho do outro, mas não no nosso. Mas estamos sujeitos sim a passarmos por diversas situações que às vezes nem passa na nossa cabeça.

O que eu questionei o médico, pra mim era um exagero, que se eu voltasse no pediatra e ele receitasse antibiótico, tudo estaria bem.

Mas num quadro assim, os médicos não podem dispensar o paciente, tem que acompanhar o paciente até a doença estar quase 100% curada.

Neste dia, entraram com o pedido de internação, passei a noite esperando um quarto para acomodação, já que atualmente os hospitais estão tão cheios que faltam leitos disponíveis, principalmente apartamento. Passamos uma noite na cadeira de espera, apenas no dia seguinte fomos acomodados para um quarto improvisado no hospital.

A partir de então começou o tratamento, ele passou a tomar antibiótico, lavavam o nariz dele com soro, havia também as sessões diárias de fisioterapia.

A fisioterapia chamou minha atenção, afinal não conhecia até então. O fisioterapeuta vem lava o nariz dele com soro fisiológico, quando a situação é grave – eles puxam a secreção do pulmão através de um aparelho de sucção pelo nariz. Depois faziam massagem no pulmão pra soltar a secreção.

O que mais me doía era a quantidade de remédio que ele tomava diariamente, estava tomando anti-inflamatório, antibiótico, pelo menos umas duas vezes ao dia.

Esse procedimento durou exatamente uma semana, passei este período inteiro com ele. Meu marido passava todas as noites para levar troca de roupa e às vezes alguma guloseima, e pra ver nosso filho.

Ficamos uns três dias no quarto provisório, neste quarto tinha um berço em que as grades não estavam totalmente levantadas, e um dia meu pequeno queria tanto gelatina, não deu nem tempo deu pegar, e ele voou do berço. Logo lá estava ele no chão chorando. A enfermeira veio rapidamente e o levou pra tirar um Raio-X do crânio, pensei “viemos para fazer um tratamento, só faltava ter que tratar outro”. Mas por sorte, estava tudo bem.

Ao ir ao hospital é sempre importante verificar essas grades de segurança do berço. Com crianças pode-se imaginar de tudo, eles sempre estão aprontando e quietos então são ainda mais perigosos.

A equipe de enfermeiros no hospital que ele ficou foi excelente, muito dedicada.

De manhã serviam o café, logo vinha o fisioterapeuta, depois os remédios. Logo chegava a hora do almoço, serviam o mesmo e descansávamos um pouco, a tarde era o café, depois a janta e antes de dormir mais remédios.

Próximo de terminar a semana, já estava afoita perguntando ao médico quando meu filho teria alta.

Quando a médica confirmou alta no domingo, fiquei muito feliz. Meu filho estava sendo muito bem tratado, mas queríamos ir pra casa, para o nosso cantinho, descansar.

Sem contar o alívio de meu filho estar bem novamente. Por sorte também do tratamento ter sido todo feito via Oral, porque via venal, é ainda mais sofrível para a criança.

Por isso mamães quando a tosse persistir e não for tosse seca, e sentir que o peito está cheio, a criança faz força para respirar, fiquem de olho que pode ser a tão assombrada pneumonia. Uma vez diagnosticada, todo cuidado é pouco.



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