Quando meu filho ainda era
bebê costumava levar diversos objetos a boca, sentia até certo receio de ele
contrair alguma doença. Mas em geral os médicos até sugerem que as crianças devem
ter diversos contatos com a terra, com o chão de forma a adquirem anticorpos
para a vida adulta.
Então banir a criança a
esses contatos também pode ser prejudicial ao seu sistema imunológico. Lógico
que devemos ter cuidados com a higiene da criança, mas não podemos se
extremamente radicais.
Logo que meu filho nasceu
eu era neurótica quanto a sua saúde e segurança, me atentava aos mínimos
detalhes de higiene, pedia a pessoas que viessem visita-lo a passarem álcool gel
nas mãos antes de pegá-lo no colo. Pedia também que evitassem o beijo, de forma
a evitar o tão conhecido “sapinho”, tinha pavor de ele pegar alguma dermatite.
Zelava por ambientes
frios, queria protege-lo ao máximo de qualquer vento. Sempre observava se
estava bem agasalhado, para que não pegassem nenhum tipo de friagem e ficasse gripado
ou resfriado.
Tive
tantos cuidados, e a maior parte em vão.
Pois logo que ele
ingressou na escolinha, começou a adquirir uma série de enfermidades, desde
gripe até pneumonia, conjuntivite que eu desconhecia em bebês, ele chegou a ter
nos dois olhos. A dermatite ele teve com a alergia a proteína do leite, sua
pele ficava bem avermelhada com o contato com o leite, que tive que retirar
totalmente da sua alimentação e passar a fazer a dieta da restrição da proteína
do leite.
Foi um período em que
costumava ir praticamente diariamente ao Pronto Socorro, em busca de ajuda dos
médicos, já que a cada momento aparecia uma enfermidade diferente.
Acredito que em boa parte,
pode ter sido o cuidado excessivo que tive com ele nos cinco primeiros meses,
pois logo após que acabou minha licença maternidade tive que retornar ao
trabalho, e na escolinha ele não tinha todo o aconchego que eu proporcionava em
casa.
Sem contar que meu filho
amamentou ininterruptamente durante este período, deve ter sentido falta não
apenas da figura materna, mas do aconchego da amamentação.
Certo dia quando o levei
ao pediatra, o próprio médico pediu que eu o tirasse da escolinha e deixasse em
casa, já que a criança não conseguia acompanhar a curva de crescimento, como
estava constantemente doente, comia mal e consequentemente não ganhava peso e
não crescia.
Após tirá-lo da escolinha
fiquei mais tranquila, arrumei uma babá período integral, deixava a comida
pronta, as orientações e atividades para ele e assim podia trabalhar com mais
tranquilidade. Sem ter que me preocupar no meio do expediente de trabalho com
ligações da escola sobre febre e vômitos. Eram constantes essas reações por
conta de viroses.
E após um ano quando
infelizmente a babá começou a ter problemas de saúde, tive que procurar uma
escolinha para ingressá-lo novamente, já estava na hora também, precisava ter
contato com crianças, brincar com criança.
Fiquei um pouco receosa, e
não queria que fosse como ao inicio, queria que desse certo e ele não adoecesse
mais como antes.
E acredito ter feito a
escolha certa, ele ingressou em outra escolinha, muito bonita por sinal, bem
organizada, toda colorida, repleta de brinquedos, motociclos, balanço, casinha na
arvore.
E posso dizer que ficou
doente, mas foram pouquíssimas vezes, nem se compara como antes. Parte disto
foi à boa adaptação e também não sentia, mas tanto minha ausência, já havia
parado a amamentação. E o melhor de tudo é que com a idade as crianças ficam
mais independentes e com o apoio dos pais passam a se sentirem mais seguras
também.
É como dizem “proteger
demais desprotege”. Portanto mamães calma, nada de excessos. Experiência
própria.
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