segunda-feira, 22 de agosto de 2016

CUIDADO COM O CUIDADO EXCESSIVO

Quando meu filho ainda era bebê costumava levar diversos objetos a boca, sentia até certo receio de ele contrair alguma doença. Mas em geral os médicos até sugerem que as crianças devem ter diversos contatos com a terra, com o chão de forma a adquirem anticorpos para a vida adulta.

Então banir a criança a esses contatos também pode ser prejudicial ao seu sistema imunológico. Lógico que devemos ter cuidados com a higiene da criança, mas não podemos se extremamente radicais.

Logo que meu filho nasceu eu era neurótica quanto a sua saúde e segurança, me atentava aos mínimos detalhes de higiene, pedia a pessoas que viessem visita-lo a passarem álcool gel nas mãos antes de pegá-lo no colo. Pedia também que evitassem o beijo, de forma a evitar o tão conhecido “sapinho”, tinha pavor de ele pegar alguma dermatite.

Zelava por ambientes frios, queria protege-lo ao máximo de qualquer vento. Sempre observava se estava bem agasalhado, para que não pegassem nenhum tipo de friagem e ficasse gripado ou resfriado.

Tive tantos cuidados, e a maior parte em vão.

Pois logo que ele ingressou na escolinha, começou a adquirir uma série de enfermidades, desde gripe até pneumonia, conjuntivite que eu desconhecia em bebês, ele chegou a ter nos dois olhos. A dermatite ele teve com a alergia a proteína do leite, sua pele ficava bem avermelhada com o contato com o leite, que tive que retirar totalmente da sua alimentação e passar a fazer a dieta da restrição da proteína do leite.

Foi um período em que costumava ir praticamente diariamente ao Pronto Socorro, em busca de ajuda dos médicos, já que a cada momento aparecia uma enfermidade diferente.

Acredito que em boa parte, pode ter sido o cuidado excessivo que tive com ele nos cinco primeiros meses, pois logo após que acabou minha licença maternidade tive que retornar ao trabalho, e na escolinha ele não tinha todo o aconchego que eu proporcionava em casa.

Sem contar que meu filho amamentou ininterruptamente durante este período, deve ter sentido falta não apenas da figura materna, mas do aconchego da amamentação.

Certo dia quando o levei ao pediatra, o próprio médico pediu que eu o tirasse da escolinha e deixasse em casa, já que a criança não conseguia acompanhar a curva de crescimento, como estava constantemente doente, comia mal e consequentemente não ganhava peso e não crescia.

Após tirá-lo da escolinha fiquei mais tranquila, arrumei uma babá período integral, deixava a comida pronta, as orientações e atividades para ele e assim podia trabalhar com mais tranquilidade. Sem ter que me preocupar no meio do expediente de trabalho com ligações da escola sobre febre e vômitos. Eram constantes essas reações por conta de viroses.

E após um ano quando infelizmente a babá começou a ter problemas de saúde, tive que procurar uma escolinha para ingressá-lo novamente, já estava na hora também, precisava ter contato com crianças, brincar com criança.

Fiquei um pouco receosa, e não queria que fosse como ao inicio, queria que desse certo e ele não adoecesse mais como antes.

E acredito ter feito a escolha certa, ele ingressou em outra escolinha, muito bonita por sinal, bem organizada, toda colorida, repleta de brinquedos, motociclos, balanço, casinha na arvore.

E posso dizer que ficou doente, mas foram pouquíssimas vezes, nem se compara como antes. Parte disto foi à boa adaptação e também não sentia, mas tanto minha ausência, já havia parado a amamentação. E o melhor de tudo é que com a idade as crianças ficam mais independentes e com o apoio dos pais passam a se sentirem mais seguras também.

É como dizem “proteger demais desprotege”. Portanto mamães calma, nada de excessos. Experiência própria.


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