Parece que não podemos
dizer que está tudo bem, que logo aparece um imprevisto.
Nos últimos dias havia
dito a uma colega do trabalho que meu filho também havia passado por uma fase
doentinho, mas que esta fase passaria. E que atualmente ele tinha a saúde muito
boa. Pois ela havia comentado comigo que seu filho estava andando muito doente
e que não aguentava mais ter que ir todos os dias no Pronto-Socorro, devido a
cada instante a criança apresentar um quadro diferente, como bronquiolite,
pneumonia, tosse, febre, estomatite, asma ... enfim parece que o filho dela tem
realmente um quadro respiratório muito complicado.
Pois bem, passado o dia
que falei sobre meu filho que estava muito bem e que já tinha tomado muito
antibiótico no passado e que até internado com pneumonia tinha sido,
passaram-se alguns dias para eu levar um susto.
Em um final de semana, ao
irmos ao parque leva-lo para brincar, na parte da tarde quando já estávamos em
casa, ele começou a apresentar diarreia e a todo instante ir ao banheiro.
Tentamos ver como ele reagiria para podermos leva-lo ao médico. Mas naquele dia,
ele acabou dormindo e no dia seguinte o quadro piorou, pois além da diarreia
não ter passado, ele havia acordado com os dois olhos inchados e com muita
secreção, que mal conseguia abri-los. Limpei-os cuidadosamente e pedi ao meu
marido que o levasse ao hospital para uma melhor avaliação, mas eu já sabia que
se tratava de virose e de um típico quadro de conjuntivite.
E como não podia faltar no
meu trabalho pelo menos na parte da manhã, ainda mais em plena segunda-feira,
fui ao trabalho e ele levou nosso filho ao médico.
A médica apenas ratificou
minha avaliação, realmente era virose e conjuntivite nos dois olhos.
Então começamos a pensar,
com quem o deixaríamos, com uma ex-babá, mas seria meio complicado devido não
conseguirmos mais conciliar os horários disponível dela e o nosso, e pensei em
deixa-lo com meus pais, já que ele teria que ficar a semana inteira sem
frequentar a escolinha.
Resolvi sair mais cedo do
trabalho, aproveitar que o tempo ainda estava claro e leva-lo na casa dos avós.
Bom já havia ligado para eles avisando o quadro do neto.
Além do mais, avós são
sempre avós, adoram ficar com o netinho, acaba que fazendo companhia para eles.
Mesmo que isso custe um pouco de trabalho.
Levei-o na casa dos meus
pais, passei as instruções da medicação, e os cuidados necessários para que ele
sarasse o mais rápido possível. Deixei a roupa, a medicação, os sucos, ah e o
que não poderia faltar ... os brinquedos. Ao sair de casa já havia falado para
meu filho escolher os brinquedos que quisesse para levar na casa da vovó, e
claro, ele escolheu vários ... além do Tablet.
Conversei um pouco com meus
pais e tive que tomar a decisão de deixa-lo lá e retornar para casa, afinal no
dia seguinte teria que trabalhar normalmente.
A saída sempre é
complicada e como ele ainda não tem muita noção de tempo e é bem apegado aos
pais, pois dificilmente fica com outra pessoa a não ser conosco. Peguei minha
bolsa e por cima coloquei o casaco. E pensei “Não vou falar para ele que estou
indo, que ele iria ficar na casa dos avós enquanto estivesse doentinho e que
depois quando melhorasse eu voltaria para busca-lo” Se eu fizesse isso, ele não entenderia
e a primeira reação seria abrir o berreiro o que tornaria tudo mais difícil.
Então só peguei a bolsa meio que embrulhada ao casaco e fui embora meio que sem
me despedir. Ele apenas me olhou meio de canto e voltou à atenção para o
tablet.
No fundo, no fundo, ele
sabia que eu estava indo embora e demoraria um tempo para voltar.
Como algumas pessoas dizem
que não gostam de se despedirem, enfim, às vezes, a despedida pode ser mais
dolorosa do que uma saída à francesa. E foi o que preferi fazer, não queria
despertar um sentimento de abandono nele.
É como às vezes dizem, tem
coisas que é melhor deixar passar despercebido do que dar atenção em demasia. E
acredito que na vida isso vale para muitas situações.
Finalizando, a casa dos
avós pode ser uma boa acolhida quando a criança fica doente. Nada melhor que o
carinho do vovô e da vovó.
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